Por Redação O Sul | 10 de maio de 2025
Lula se reuniu com o presidente Vladimir Putin no Kremlin
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a sua viagem à Rússia e o encontro com Vladimir Putin, afirmando que as críticas são “exploração política”. Em Moscou, o petista acompanhou a parada militar que marcou os 80 anos da derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
A viagem de Lula à capital russa e a reunião com Putin receberam críticas no Brasil e no exterior, com representantes do governo ucraniano afirmando, por exemplo, que o líder brasileiro não tem mais condições de tentar ajudar a mediar um acordo de paz entre os dois lados.
Além disso, parte da oposição no Brasil criticou o fato de Lula ter participado da parada do Dia da Vitória ao lado de vários ditadores, como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Aleksandr Lukashenko, de Belarus.
“Eu não vejo qual é a crítica que se possa fazer a um país que perdeu 26 milhões de jovens [durante a Segunda Guerra Mundial] fazer a comemoração que foi feita”, disse ele.
“Se tudo for exploração política, você não pode fazer nada”, declarou o petista, garantindo que a sua presença nas comemorações não o desabilita como potencial mediador da paz. As declarações foram dadas em entrevista coletiva antes do presidente decolar para a China, próxima etapa da sua agenda de viagens.
O presidente relatou que discutiu diretamente com Putin, na quinta-feira (9), o desejo do Brasil por uma resolução pacífica para o conflito com a Ucrânia. Ele disse que continuará trabalhando e torcendo pela paz e pelo fim da guerra, colocando-se à disposição para ajudar a facilitar o diálogo “desde que os dois lados queiram a paz”.
