Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2023
O número de mortos no conflito iniciado na manhã desse sábado (7), entre Israel e Gaza, após a ofensiva do grupo palestino Hamas, que lançou foguetes e invadiu o território israelense, passa de 530 vítimas. A região conta com cerca de 21 mil brasileiros residentes: 15 mil em Israel e outros 6 mil na Palestina, dos mais de 56 mil que moram no Oriente Médio. Ao menos um deles, o gaúcho Ranani Glazer, está desaparecido após a rave da qual participava ser alvo de um ataque.
Na região, o país com o maior número de brasileiros é o Líbano, com cerca de 21 mil, seguido de Israel, da Palestina e dos Emirados Árabes (também com 6 mil). Em seguida vem a Jordânia (2.900), Síria (2.600) Catar (1.000), Arábia Saudita (629), Barhein (280) e Kuwait (280). Os números são da Secretaria de Assuntos Consulares, Cooperação e Cultura, do governo federal, em balanço divulgado em agosto do ano passado.
Reação
Após os ataques, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que seu país está em guerra contra o Hamas:
“Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.
O primeiro-ministro classificou o ataque surpresa do Hamas como “criminoso” e anunciou ter ordenado “uma ampla mobilização” de reservistas.
“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o grupo. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”
“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israenses “estão a lutar contra o inimigo”.
Os foguetes foram lançados de vários locais de Gaza a partir das 6h30 (3h30 GMT) e continuaram quase meia hora depois, indicou o repórter da AFP. “Os residentes na área em redor da Faixa de Gaza foram convidados a permanecer nas suas casas”, disse o exército israelense num comunicado anunciando a infiltração.
As forças armadas israelenses relataram a ativação de sirenes no sul do país, enquanto a polícia pedia ao público que permanecesse perto de abrigos antiaéreos. Israel mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o grupo militante Hamas assumiu o poder em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre militantes palestinos e Israel.
Centenas de palestinos da Faixa de Gaza abandonaram este sábado as suas casas para se afastarem das zonas fronteiriças com Israel, depois da ofensiva do Hamas ter sido lançada, confirmou um repórter da AFP. Os bombardeios aéreos de Israel, por sua vez, causaram a maioria das mortes no lado palestino, informou ao New York Times Yousef Abu al-Rish, principal autoridade de Saúde em Gaza.