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Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (11) não ter relação com a edição de medidas provisórias investigadas pela Operação Zelotes da PF (Polícia Federal). Lula foi intimado pela PF a prestar depoimento sobre a atuação da LFT Marketing Esportivo, empresa de um de seus filhos, Luis Cláudio da Silva, que recebeu 1,5 milhão de reais do escritório de lobby Marcondes & Mautoni.
O mesmo escritório foi contratado por empresas do setor automobilístico interessadas na renovação de uma medida provisória que beneficiava o setor. Nota divulgada pelo Instituto Lula afirma que o ex-presidente “não tem qualquer relação com os fatos investigados”. “A medida provisória em questão foi editada e aprovada pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República”, informa o texto.
Entre 2013 e 2014, segundo a investigação, o grupo de lobistas atuou para renovar uma medida provisória de 2009, aprovada durante o governo Lula e com prazo de validade de cinco anos. A empreitada, de acordo com a Zelotes, resultou na edição da medida provisória n° 627, de 2013, que foi convertida em lei no ano seguinte.
A Procuradoria da República no Distrito Federal sustenta que “é muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública”. O Instituto Lula informou ainda que o ex-presidente não foi notificado oficialmente para depor, mas “estará, como sempre esteve, à disposição das autoridades para contribuir com o esclarecimento da verdade”. (Folhapress)