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Mundo Lula diz que reunião com Donald Trump pode ser presencial e ressalta que acredita no respeito mútuo

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Para Lula, a conversa deve ser embasada por fatos concretos que não deixem dúvidas sobre a real situação das relações comerciais entre os dois países. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante entrevista coletiva que marcou seu último compromisso em Nova York (EUA) antes do embarque para o Brasil, nessa quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou esperar que o encontro entre ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda sem data marcada, seja pautado por respeito de ambos os lados. Lula declarou que o encontro pode ser público e, inclusive, presencial, mas não definiu uma data e nem respondeu se irá voltar aos EUA.

Para Lula, a conversa deve ser embasada por fatos concretos que não deixem dúvidas sobre a real situação das relações comerciais entre os dois países. A possibilidade de um encontro foi proposta pelo líder norte-americano na terça-feira (23), durante a abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

“Eu vou tratá-lo com o respeito que merece o presidente dos Estados Unidos e ele certamente vai me tratar com o respeito que merece o presidente da República Federativa do Brasil. É assim que vai acontecer a reunião. Nós temos que sentar, colocar na mesa todos os problemas, os problemas que ele tem com relação ao Brasil, o problema que eu tenho com relação aos Estados Unidos, e a partir daí a gente começa a discutir”, disse Lula.

Ao afirmar que não existe veto para os assuntos a serem debatidos entre os dois chefes de Estado, Lula fez apenas uma ressalva, a mesma que ele tem feito ao longo das últimas semanas: “O que não é discutível é a soberania brasileira e a nossa democracia, isso não é discutível. Nem com o presidente Trump, nem com nenhum presidente do mundo. Isso é uma soberania brasileira que a gente não abre mão”.

Para o presidente brasileiro, é preciso que o líder norte-americano esteja a par da realidade dos fatos para que, a partir daí, as negociações sejam feitas em bases sólidas. “Eu não sei quem foi que disse para o presidente Trump que ele tinha um déficit comercial com o Brasil. Ele teve um superávit em 15 anos de 410 bilhões de dólares. Estou convencido que algumas decisões tomadas pelo presidente Trump se devem ao fato da qualidade de informações que ele tinha em relação ao Brasil. Na hora que ele tiver as informações corretas, acho que ele pode mudar de posição tranquilamente, da mesma forma que o Brasil pode mudar de posição”, pontuou Lula.

Segundo Lula, as duas nações devem trabalhar para que as boas relações entre Brasil e Estados Unidos, marcadas por mais de 200 anos de história, sejam mantidas. “O povo brasileiro tem muita expectativa numa boa relação entre Estados Unidos e Brasil. E eu acho que o povo americano também tem. Eu espero que numa conversa entre dois chefes de Estado nós coloquemos na mesa quais são os nossos problemas, quais são as nossas diferenças, e comecemos a tomar decisões. Estou muito otimista, porque eu acredito muito na relação humana. Acho que tudo pode ser resolvido quando duas pessoas conversam. Eu acredito muito no poder de convencimento das palavras”, concluiu.

Lula destacou ainda que há muito interesse dentro do Brasil para que ele e o presidente dos Estados Unidos possam conversar. “O ponto de vista dos interesses do povo brasileiro, do povo comum e do empresariado e da classe política, é que haja uma conversa entre nós. Há muito desejo, há muitos investimentos em jogo, nós temos um fluxo comercial muito importante. Na hora que a gente tiver o encontro, eu acho que tudo isso ficará resolvido. E o Brasil e os Estados Unidos voltarão a viver em harmonia e quimicamente estáveis”, descontraiu o presidente, referindo-se a um termo usado pelo próprio presidente Donald Trump.

Entre janeiro e agosto deste ano, o Brasil exportou US$ 26,6 bilhões para os Estados Unidos, um aumento de 1,66% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações somaram US$ 30 bilhões, um aumento de 11,44%. Houve diversificação da pauta exportadora, composta principalmente por manufaturados, mas também por produtos agrícolas e da indústria extrativa. O Brasil é um dos poucos países com os quais os Estados Unidos têm um superávit comercial. Somente no ano passado, somando bens e serviços, o superávit chegou perto de US$ 30 bilhões. Em 2024, as exportações brasileiras de bens para os Estados Unidos somaram US$ 40,3 bilhões enquanto as importações chegaram a US$ 40,6 bilhões.

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