Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado que golpistas querem tumultuar sua cerimônia de posse ao cargo de presidente da República, que acontecerá no dia 1º de janeiro, em Brasília. O petista recebeu a recomendação de diminuir o tamanho da festa, mas recusou.
Organizadores do evento projetam público de 250 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, onde acontecerá o desfile de Lula em carro aberto, seu discurso do alto do parlatório e sua subida na rampa do Palácio do Planalto. Também estão confirmados shows de mais de 30 artistas ao longo do dia na capital federal.
O segundo turno das eleições, realizado em 30 de outubro deste ano, tem seu resultado questionado, sem qualquer prova, por apoiadores do candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. Os bolsonaristas já tentaram bloquear rodovias e atualmente pedem intervenção militar na frente de quartéis em todo o País.
Segurança na posse
A posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contará com um amplo esquema de segurança envolvendo cerca de 700 policiais federais, esquadrão antibombas, agentes à paisana, snipers e barreiras antidrones. Essa estrutura tem sido desenhada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e pela equipe de transição do novo governo, que tem demonstrado preocupação com atos antidemocráticos realizados em Brasília.
A equipe de Lula se reuniu com as forças policias do Distrito Federal para discutir detalhes do planejamento da segurança envolvendo a posse presidencial, em 1º de janeiro, e a diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para esta segunda-feira (12). A reunião contou com a presença da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, o delegado da polícia federal Andrei Passos, integrante do grupo de transição, e o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo Ferreira.
Segundo Ferreira, a Esplanada dos ministérios será fechada e o acesso a caminhões será bloqueado. Além disso, o plano inclui ao menos três “linhas de revista” de participantes da cerimônia. Uma delas será montada na altura da Catedral de Brasília. As outras ficarão atrás dos prédios que abrigam os ministérios. O objetivo disso é evitar que manifestantes infiltrados penetrem no evento com armas e objetos cortantes.
Ao longo do evento, será utilizado um equipamento que neutraliza o sinal de drones e impede sobrevoos na área, que será acionado na Esplanada dos ministérios, principalmente durante o tradicional desfile do presidente eleito no Rolls-Royce conversível da Presidência. O aparelho só será desligado nos momentos em que a equipe de segurança estiver realizando vigilância aérea da multidão.