Terça-feira, 02 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2025
Conversa durou cerca de 40 minutos e presidentes do Brasil (D) e dos EUA também trataram de enfrentamento ao crime organizado internacional
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da RepúblicaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou nesta terça-feira (2) para Donald Trump e defendeu a retirada de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros que ainda são alvos de sobretaxas. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto.
De acordo com o governo brasileiro, os dois chefes de Estado também trataram do enfrentamento a organizações criminosas internacionais. A conversa, segundo o Planalto, durou cerca de 40 minutos. No telefonema, Lula classificou como “muito positiva” a decisão norte-americana de retirar a tarifa adicional de 40% imposta a alguns produtos, como carne, café e frutas
Mas, segundo o governo brasileiro, o petista ressaltou que outros produtos ainda são alvo de tarifas adicionais e que isso precisa ser discutido entre os dois países. Lula afirmou que o Brasil deseja avançar rápido nessas negociações.
Crime organizado
Ainda conforme o Palácio do Planalto, na conversa, Lula falou sobre a necessidade urgente de reforçar a cooperação com os Estados Unidos para combate ao crime organizado internacional.
O petista, segundo o governo brasileiro, mencionou recentes operações realizadas pelo governo federal para “asfixiar” financeiramente facções, que identificaram grupos que atuam a partir do exterior.
Segundo o Planalto, Trump ressaltou “total disposição” em trabalhar conjuntamente com o Brasil e disse que dará apoio a iniciativas bilaterais para enfrentar organizações criminosas. Houve consenso entre Lula e o norte-americano de que novas conversas sobre esses dois temas – tarifas e combate ao crime – devem ser realizadas em breve.
Tarifaço
No final de novembro, os EUA retiraram a tarifa extra sobre mais de 200 produtos brasileiros, incluindo café, carne bovina, cacau e frutas. A decisão amplia a lista de exceções ao tarifaço e ocorreu após reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Com a nova medida, vários produtos brasileiros retornam às alíquotas normais anteriores ao aumento. O governo americano justificava o tarifaço como uma resposta a ações do governo Brasil, que ameaçaria a segurança nacional americana. O tarifaço começou a vigorar em agosto no Brasil. Outros países também foram alvo de Trump.