Quinta-feira, 05 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2025
“Em nenhum momento o companheiro Haddad teve qualquer problema de rediscutir o assunto, em nenhum momento", disse.
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (3), que o anúncio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não foi um erro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e atribuiu a medida a um “afã” do ministro para dar respostas à sociedade sobre esse tema.
Ele garantiu que outras possibilidades serão discutidas, mas não respondeu se está disposto a discutir desvinculações como alternativa ao IOF.
O presidente disse que o aumento do IOF foi uma tentativa de fazer um “reparo”, porque o Senado descumpriu uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de compensar a desoneração da folha de pagamentos.
“Em nenhum momento o companheiro Haddad teve qualquer problema de rediscutir o assunto, em nenhum momento. A apresentação do IOF foi o que tinham pensado naquele instante”, ele disse. “Se alguém tiver uma ideia melhor, vamos discutir.”
O presidente relatou que houve uma reunião no domingo à noite, no Palácio da Alvorada, para debater alternativas ao IOF. Defendeu, ainda, que é necessário dialogar com “parceiros” – citando os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e líderes partidários – antes de enviar qualquer medida ao Congresso. Ele afirmou que a Fazenda está em um esforço para “dar tranquilidade ao povo” nas negociações.
“Vai ter um almoço na minha casa, com todas as pessoas que estão participando dessa discussão, para a gente saber se o acordo está feito ou não, para anunciar o que vai fazer, a compensação que o Brasil precisa ter para colocar as nossas contas fiscais em ordem”, disse Lula.
Mais cedo, Haddad disse que havia apresentado a Motta e Alcolumbre um conjunto de medidas para sanear as contas públicas estruturalmente, e que ainda se reuniria com o presidente para definir detalhes.