Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Cláudio Humberto | 17 de outubro de 2025
Seis dias depois de anunciado o Nobel da Paz, Lula (PT) passa vergonha internacional ignorando a ganhadora Maria Corina Machado, reconhecida por sua luta corajosa pela democracia e contra o tirano que se mantém no poder na Venezuela à base de corrupção, fraudes e alegada ligação ao narcotráfico. Governos saúdam do Nobel da Paz para estarem ao lado dos bons, mas Lula prefere desrespeitar Corina, a quem já sugeriu “parar de chorar”, e bajular o amigo ditador Nicolás Maduro.
Passador de pano
Lula tem passado pano para regimes autoritários, como a Rússia de Putin e ditaduras como a do Irã dos aiatolás, Cuba e Coreia do Norte.
Misoginia ideológica
Lula tampouco felicitou Narges Mohammadi, Nobel da Paz de 2023, uma defensora de direitos humanos e de mulheres vítimas de violência do Irã.
Brasil envergonhado
O regime iraniano tem tanto medo de Narges Mohammadi que a prendeu no dia do anúncio do seu Nobel. O mundo inteiro protestou, exceto Lula.
Silêncio dos covardes
Lula também deve silenciar, caso o amigo Maduro prenda, torture, talvez mate Maria Corina, que vive escondida para se proteger de sua caçada.
Governo já fala em morte do ‘SUS da Segurança’
O clima no Ministério da Justiça é de fim de festa com a tramitação na Câmara da proposta do ministro Ricardo Lewandowski que cria o tal “SUS da Segurança”. Por ora, Mendonça Filho (União-PE), que não é o relator dos sonhos do governo, até é poupado de críticas, centradas no presidente da Casa, Hugo Motta, acusado de falta de emprenho na pauta, e no secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, que é deputado federal influente na comissão especial e na oposição.
Desagrada geral
Associações de delegados, como a ADPESP, pressionam contra o texto, dizem que tem emendas que pretendem extinguir a carreira de delegado.
Só lamurias
Do lado governista, o próprio Lewandowski anda desgostoso com a tramitação da proposta. Se queixa da luta solitária para avançar o texto.
Ladeira abaixo
A tramitação, que já se arrasta, piorou com fala de Lula desmoralizando os parlamentares ao julgar “baixo nível” do Congresso.
Inseparáveis
O chanceler Mauro Vieira saiu “flustered” (perturbado) da reunião com Marco Rubio. O secretário de Estado americano não deu voltas e deixou claro que a questão política é intrinsecamente ligada ao tarifaço.
Patente baixa
Diplomatas experientes avaliam que a reunião empacou quando Mauro Vieira explicou a Marco Rubio que não está ao seu alcance tratar do fim da “opressão judicial no Brasil” mencionada pelo secretário de Estado.
Lei proíbe? Ora, a lei
Presidente da CPMI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), mostrou-se entre indignado e perplexo com a decisão do ministro do STF Dias Toffoli de conceder a investigado o direito de ignorar a convocação para depor.
CPI dos Correios
A quinta-feira (16) fechou com quase 130 assinaturas de deputados que querem instalar uma CPI para investigar os Correios, que foi do lucro ao rombo bilionário. Quem puxa o movimento é Carol de Toni (PL-SC).
Um laranja na CPMI
Para o relator da CPMI que investiga o roubo aos aposentados do INSS, Alfredo Gaspar (União-AL), Cícero Marcelino de Souza Santos, assessor do presidente da Conafer, movimentou R$300 milhões com suas empresas e seria “peixe pequeno” e “laranja” no esquema bilionário.
Vítimas desprezadas
“A esquerda mostrou de que lado está, e não é do lado do povo”, disse o deputado Coronel Tadeu (PL-SP), sobre o governo esconder o irmão de Lula (PT). “Prefere proteger o irmão de Lula a defender quem foi lesado”.
Ódio e medo presentes
Lula xingou o “baixo nível” da Câmara sem esconder o ódio por Bolsonaro, que, mesmo humilhado, inelegível, amordaçado, doente e condenado a 27 anos de prisão, continua metendo medo nessa turma.
Reforço no Sul
O PL tem reforçado a presença no Sul do País. Ontem, mandou o vereador Carlos Bolsonaro (RJ) para evento em Chapecó (SC). O encontro com lideranças foi organizado pela deputada Carol de Toni.
Pensando bem…
…decisão importante para o Brasil se toma na Itália.
Poder sem Pudor
Conversa oblíqua
Afonso Arinos era chanceler de Jânio Quadros, em 1961, quando avisou a um jornalista que o entrevistava que precisava sair. Ia a um despacho com o presidente. O repórter pediu carona e acabou na antessala de Jânio. No despacho, Arinos relatou o que se passava e o presidente mandou chamar o repórter, que – claro – tinha perguntas a fazer. O professor Jânio resolveu testar o entrevistador: “Fê-las por escrito?” O repórter prontamente mostrou uma folha de papel: “Fi-las, presidente”. Jânio leu as primeiras perguntas e observou: “Formas oblíquas! Aprecia-as?” O jornalista seguiu no jogo: “Aprecio-as, presidente…” Afonso Arinos percebeu que uma longa conversa se iniciara e foi embora.
Cláudio Humberto
@diariodopoder
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