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Notícias Lula promove general que, nos meses anteriores aos atos de 8 de Janeiro, foi um dos integrantes do Alto-Comando do Exército contrários a uma tentativa de golpe de Estado

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General era Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro na época do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista. (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o general Richard Fernandez Nunes para o posto de chefe do Estado-Maior do Exército. O militar substitui Fernando José Sant’Ana Soares e Silva. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União e materializa um rodízio normal nas Forças Armadas. O Estado-Maior do Exército é o órgão de direção geral da corporação.

Nunes foi responsável pela escolha do delegado Rivaldo Barbosa à chefia do Polícia Civil do Rio em 2018, um dia antes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Rivaldo foi preso na semana passada sob suspeita de participação no assassinato de Marielle. Nunes se disse surpreso com o suposto envolvimento ex-chefe de Polícia Civil no crime e afirmou que ele tinha “uma folha de serviço prestado bastante considerável”.

O general de quatro estrelas foi secretário da Segurança Pública do Rio durante a intervenção federal, em 2018. Naquele ano, Richard Nunes disse em entrevista acreditar que Marielle tinha sido morta por contrariar interesses de milicianos em negócios de grilagem na zona oeste da cidade.

Nos meses que antecederam os atos de 8 de Janeiro, o general Nunes foi um dos integrantes do Alto-Comando do Exército contrários a um golpe de Estado. Na época, ele chefiava o Comando Militar do Nordeste. Esse posicionamento lhe rendeu o apelido de “melancia” em grupos radicais bolsonaristas. Nunes e outros militares eram chamados assim por supostamente serem verdes por fora e “vermelhos” por dentro.

Caso Marielle

De acordo com investigações da PF, o hoje chefe do Estado-Maior do Exército teria nomeado Rivaldo Barbosa mesmo com a ressalva do setor de inteligência da Polícia Civil do Rio de que o delegado não era recomendado para o comando da instituição. O general disse que estava “perplexo”.

“Lógico que essa prisão me deixou perplexo. Como é que pode um negócio assim? É impressionante. É um negócio de deixar de queixo caído. Naquela época, não havia nada que sinalizasse uma coisa dessas, uma coisa estapafúrdia. (…) Eu nunca percebi, e eles até acham que me ludibriaram. Eu posso ter sido ludibriado, como a sociedade inteira, né? A sociedade inteira foi ludibriada”, disse.

Rivaldo foi detido no último domingo juntamente com os irmãos Chiquinho Brazão (deputado federal) e Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro). Ambos foram apontados como mandantes do crime. O delegado está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

No final do governo de Jair Bolsonaro (PL), o general Richard Fernandez Nunes e o comandante do Exército, Tomás Paiva, foram alvos de ataques de bolsonaristas. Ele era comandante militar do Nordeste, e foi criticado nas redes por não apoiar atos após a derrota de Bolsonaro. “Por vezes, dizer ‘não’ pressupõe muito mais coragem do que alinhar-se a eventuais pressões de caráter político”, escreveu na época.

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