Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2021
O encontro ocorreu na casa de Sarney, em Brasília
Foto: Ricardo Stuckert/DivulgaçãoO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o também ex-presidente José Sarney (MDB) em Brasília, na quinta-feira (06). Um dos temas do encontro, na casa de Sarney, foi a montagem de palanques estaduais paras as eleições de 2022.
Pré-candidato ao Palácio do Planalto desde que o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou as suas condenações na Operação Lava-Jato, Lula tem conversado com dirigentes de vários partidos, do Centrão à esquerda, para tentar obter apoios.
O ex-presidente quer fazer alianças regionais que possam garantir a ele apoio nos Estados. Exemplos disso são Alagoas, onde o grupo de Renan Filho (MDB) busca permanecer no comando, e Pará, governado por Helder Barbalho (MDB), pré-candidato à reeleição. Lula é próximo dos pais dos dois governadores.
O senador Jader Barbalho (MDB-PA), pai de Helder, esteve com o petista na segunda-feira (03). O governador do Pará evitou falar em apoio a Lula em 2022 e disse que vai seguir o que o MDB determinar nacionalmente. Helder tem a expectativa de que o PT apoie sua candidatura à reeleição. “Trabalhamos aqui para ter ampla aliança. Hoje, compõem nossa base vários partidos, do PT ao Patriota”, declarou.
O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), confirmou que a sigla quer se aliar a Helder e não vai lançar candidato a governador. “Nossa prioridade é eleger senador e bancadas na Câmara dos Deputados e Assembleia”, afirmou o senador, que concorreu contra o emedebista pelo governo do Estado, em 2018.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), pai do governador de Alagoas e relator da CPI da Covid, não se reuniu com Lula, mas tem estado em constante contato com ele por telefone. O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), aliado regional dos Calheiros, conversou com Lula na quarta-feira (05).
“Historicamente, sempre tivemos aliança PT e MDB no Estado de Alagoas, mas a gente tem que discutir qual vai ser o caminho. Não foi aberta essa discussão ainda”, afirmou Isnaldo. “Conversamos sobre o Brasil, o momento atual, as preocupações dele na pandemia, esse momento que a gente está vivendo. Lula fez um comparativo no trato dele com as relações exteriores, como era à época e como ele está vendo o momento.”
Na quarta-feira, o petista recebeu o ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD Gilberto Kassab. O dirigente partidário já foi ministro da ex-presidente Dilma Rousseff, mas hoje comanda uma legenda que está na base do presidente Jair Bolsonaro. Kassab negou que vá apoiar Lula para presidente.
Na terça (04), o ex-presidente teve uma extensa agenda de reuniões com senadores. Ele recebeu a bancada do PT no Senado, os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Kátia Abreu (Progressistas-TO) e Jader Barbalho (MDB-PA) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE).