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Brasil Lula sugere que empresário usou seu nome para pedir propina

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Lula tinha relação estreita com José Carlos Bumlai, tanto é que este tinha acesso livre em seu gabinete. (Foto: Yuri Cortez/AFP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com colaboradores que o pecuarista José Carlos Bumlai pode ter se aproveitado de sua amizade para obter vantagens financeiras. Ele cogitou essa hipótese um dia depois de vir à tona o depoimento no qual o lobista Fernando Baiano afirmou ter pago 2 milhões de reais a Bumlai para a compra do apartamento de uma nora de Lula.

Nas conversas com seus aliados, Lula negou que a negociação tenha ocorrido e reclamou de Bumlai, afirmando que, caso confirmada a versão de Baiano, o amigo teria se valido dessa intimidade para ganhar dinheiro. O ex-presidente se queixou da divulgação da informação sem que se tenha identificado qual das quatro noras. Nessas conversas, o ex-presidente contou ter ajudado com 200 mil reais a cada uma delas para que comprassem seus apartamentos.

Livre acesso
Durante os dois governos do ex-presidente Lula existia uma máxima em Brasília: só duas pessoas entravam sem bater no gabinete presidencial: dona Marisa e José Carlos Bumlai. Mesmo longe dos holofotes, o empresário e pecuarista gozava de um prestígio incomum até para alguns ministros da época.

Em 2008, Bumlai chegou a ser barrado. Imediatamente, o ex-presidente ordenou que fosse fixado na recepção um cartaz com uma foto e o aviso: “O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento”. Oito anos depois de uma estreita relação com o ex-presidente, o nome de Bumlai entrava no olho do furacão das investigações da Operação Lava-Jato.

Em delação premiada, o lobista Fernando Baiano relatou um pedido de Bumlai para quitar o apartamento de uma nora do ex-presidente. Baiano teria relatado ainda a participação do pecuarista em negócios do Grupo Schahin com a Petrobras. Antes dele, outros dois réus já haviam citado Bumlai: o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o lobista Julio Camargo. Tanto Bumlai quanto o filho de Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, negam.

A ligação entre Lula e Bumlai começou em 2002, quando o então candidato Lula enfrentava resistência de setores econômicos, entre eles o agropecuário. Para ajudar a reverter a rejeição, o governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, fez questão de que Lula conhecesse Bumlai. A empatia entre ambos foi imediata.

Perfil
Aos 71 anos, Bumlai, que nasceu em Corumbá (MS), é um dos mais bem-sucedidos empresários do setor pecuarista. Engenheiro civil, atuou na área por 30 anos, e trabalhou no mercado de construção pesada. Foi diretor e conselheiro da Constran – empresa de Ricardo Pessoa, coordenador do cartel das empreiteiras da Petrobras. (Folhapress e AG)

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