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Brasil Lula tem nas mulheres a maioria de seu eleitorado, já o deputado federal Jair Bolsonaro deve aos homens sua projeção. O Datafolha é quem diz

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Foi o que mostrou pesquisa sobre intenção de votos para 2018. (Foto: Reprodução)

Analisados sob a ótica de renda familiar, escolaridade, gênero, idade e região, simpatizantes de Lula e votantes de Bolsonaro estão em polos opostos. É o que mostram os resultados da pesquisa Datafolha sobre intenção de votos para 2018 que apontou Lula, do PT, na liderança da corrida, com Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC) tecnicamente empatados em segundo lugar.

Considerando-se um entre os seis cenários testados pelo instituto, Lula tem nas mulheres a maioria de seu eleitorado. Já o deputado federal deve aos homens sua projeção. Dos eleitores de Bolsonaro, um terço tem até 24 anos, enquanto que Lula tem o dobro de eleitores entre os com mais de 60 anos. O petista tem sua melhor performance entre aqueles que completaram o ensino fundamental. Dos apoiadores de Bolsonaro, quase um terço tem ensino superior. O eleitor de Lula tem forte identidade partidária, enquanto os de Bolsonaro não são apenas apartidários, mas refratários a partidos políticos: 73% deles dizem não confiar nas agremiações, o maior índice da pesquisa, descontados os entrevistados que declararam votar nulo ou branco.
Os simpáticos a Bolsonaro estão no sudeste e os de Lula, no Nordeste. Os eleitores de Lula são pobres – mais da metade têm renda familiar de até R$ 1.874. Dos que declararam escolher Bolsonaro, apenas um quarto está nesta faixa de renda. O cenário sugere que classes econômicas e sociais podem vir a se traduzir, em 2018, em classes políticas claras.

“De um lado estariam os lulistas, aqueles que se beneficiaram das políticas sociais do governo Lula, mas que não necessariamente são partidários do PT. Do outro, surge um eleitorado que tende à extrema direita, que busca uma ação forte, uma imposição da vontade, típicos de movimentos como o visto com o presidente americano Donald Trump”, afirma o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, da Fundação Getulio Vargas.

Os atores políticos têm vocalizado essa polarização. Lula afastou-se do perfil “Lulinha Paz e Amor” que o levou à Presidência em 2002, depois de ter angariado a simpatia de empresários e banqueiros com o tom ameno adotado na “Carta ao Povo Brasileiro”. Questionado em entrevista ao SBT na semana passada se o mercado financeiro deveria temer uma guinada à esquerda em um possível retorno seu à Presidência, Lula respondeu: “O mercado pode temer sim, sabe por quê? Porque o Banco do Brasil vai voltar a ser banco público, porque a Caixa Econômica vai voltar a ser banco público, porque o BNDES vai voltar a ser banco público.”

Do outro lado, o tom elevado de Bolsonaro, que já defendeu o fechamento do Congresso, segundo ele para vocalizar uma indignação popular, e defendeu “porrada” para combater a violência tem conquistado a simpatia de uma parcela cada vez maior do eleitorado.

“Há um grupo aí que chega a um quinto do eleitorado e que tendia ao PSDB por falta de opção. Agora, eles optam por Bolsonaro e podem puxar os partidos de centro mais para a direita”, afirma Couto.

Doria e Marina

Isso explicaria o tom cada vez mais assertivo do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem se posicionado claramente contra movimentos como a greve geral, a favor da reforma trabalhista e em oposição a Lula. Doria, que desponta como um dos presidenciáveis tucanos com maior chance de eleição, já que a elite do partido foi atingida pela delação de executivos da Odebrecht, pode atrair para si não apenas eleitores centristas, mas retirar de Bolsonaro parcela de seus simpatizantes. Com o propósito de ser terceira via, Marina Silva aglutina um eleitorado de características híbridas: liberal na economia e esquerdista em questões sociais. Em um cenário de polarização crescente, Marina pode acabar desidratada na disputa entre os dois lados por eleitores que desequilibrem a disputa. (Mariana Sanches/AG)

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