Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2018
O ex-presidente Lula tomou, nesta sexta-feira (13), seu primeiro banho de sol na prisão da Lava-Jato. Durante uma hora, sozinho, no período da manhã, o ex-presidente ficou fora da ‘sala especial’ que ocupa no último andar do prédio-sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba, no Estado do Paraná, desde o dia 7.
Após seis dias recolhido para cumprimento da pena de 12 anos e um mês de reclusão que o juiz Sérgio Moro impôs a ele por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do famoso triplex do Guarujá, o petista decidiu ficar um pouco ao ar livre.
Lula tem direito a duas horas de banho de sol todos os dias.
Ele está isolado da carceragem da Polícia Federal, onde estão outros prisioneiros da Operação Lava-Jato, como seu ex-braço direito Antônio Palocci (Casa Civil e Fazenda; governos Lula e Dilma) e o empreiteiro Léo Pinheiro.
Na quinta-feira (12), Lula recebeu a visita da família que levou a ele cobertor e outros pertences.
Do lado de fora, mantidos à distância da sede da PF, apoiadores do ex-presidente permanecem aglomerados no acampamento ‘Lula Livre’. Toda manhã eles entoam ‘bom dia, companheiro’.
Recurso
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou, nesta sexta-feira, 13, com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do ministro Edson Fachin que negou seguimento à reclamação contra a prisão do petista, protocolada há uma semana. O pedido é assinado por Sepúlveda Pertence, Cristiano Zanin e os demais advogados que compõem a defesa de Lula.
Em primeiro lugar, a defesa pede que Fachin reconsidere a decisão que negou seguimento a sua reclamação, proferida no último sábado (7). Em consequência, os advogados pedem que seja expedido o alvará de soltura de Lula, e um salvo conduto para que o petista possa aguardar em liberdade até que sua prisão seja “fundamentada”. Para a defesa, a execução de pena do petista foi precipitada, sem esgotar a jurisdição do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
Se Fachin não reconsiderar, os advogados pedem que o recurso seja analisado na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. Por último, se não forem atendidos os primeiros requerimentos, a defesa quer a concessão de um habeas corpus “de ofício” para Lula.