Quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2019
Com raras exceções, as estrelas podem “morrer” de duas maneiras: elas lentamente se transformam em anãs brancas ou explodem rapidamente como supernovas. Por esse motivo, é comum que cientistas observem luzes no espaço que são relacionadas ao fenômeno. Porém, algumas visualizações recentes apontam que essas luzes podem estar diretamente ligadas à sinais de atividade alienígena.
Em um estudo recém-publicado no The Astronomical Journal, cientistas do projeto “Fontes desaparecendo e aparecendo durante um século de observações (VASCO)” apontam para o que pode ser um novo fenômeno astrofísico ou sinais de vida alienígena.
A publicação detalha sua busca por objetos que apareceram em pesquisas sobre o céu noturno, e que datam da década de 1950, mas que desapareceram em estudos recentes. Essa busca mostrou 100 objetos vermelhos que surgiram e desapareceram nos últimos 70 anos.
Martin López Corredoira, coautor do estudo, informou em um comunicado à imprensa que sua equipe não encontrou nenhuma evidência direta ligando as luzes à inteligência extraterrestre – mas o resumo do estudo informa que os autores também não descartam a possibilidade.
“As implicações de encontrar [fontes que aparecem e desaparecem] se estendem dos campos astrofísicos tradicionais às pesquisas mais exóticas de evidências de civilizações tecnologicamente avançadas”, declarou Martin.
Antigos alienígenas
Um descendente microbiano de algumas das primeiras vidas terrestres pode não apenas sobreviver comendo meteoritos, mas também, aparentemente, prosperar em rochas espaciais. Essas descobertas podem ajudar a detectar sinais de antigos alienígenas no universo.
Afinal, os seres humanos e todos os outros animais precisam comer matéria orgânica para sobreviver. Entretanto, o organismo unicelular Metallosphaera sedula, ou M. sedula, pode produzir sua energia comendo coisas não-vivas como metais, o que lhe permite prosperar em alguma das condições adversas da Terra – inclusive dentro de vulcões.
De acordo com um estudo publicado na última segunda-feira (02) na revista Scientific Reports, uma equipe liderada por cientistas da Universidade de Viena decidiu investigar o que aconteceria se tentassem alimentar M. sedula com um pouco do meteorito Northwest Africa 1172, descoberto em 2000.
Para isso, os pesquisadores colocaram células do organismo em placas esterilizadas do meteorito e alimentaram outras células moídas. Um terceiro grupo serviu como controle, com uma dieta de calcopirita, um mineral cobre-ferro-enxofre.
Surpreendente, o M. sedula devorou ainda mais rápido o meteorito do que a comida terrestre. “Descobrimos que a reação é muito boa”, disse a pesquisadora Tetyana Milojevic em entrevista à Motherboard. “Nossos alunos no laboratório também notaram imediatamente que as células são muito vivas e estão ‘dançando’ na rocha espacial”, completou.
A equipe usou um microscópio eletrônico para conseguir ver quais metais específicos dos meteoritos as bactérias consumiram e transformaram quimicamente, mesmo após a morte destes organismos. Isso poderia ser usando como uma pista para investigar a possível existência de vida extraterrestre.