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Literatura Lygia Fagundes Telles foi a terceira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras

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Antes de 1985, além dela, tornaram-se imortais Rachel de Queiroz (1977) e Dinah Silveira de Queiroz (1980). (Foto: Reprodução)

A escritora paulista Lygia Fagundes Telles, falecida neste domingo (3), foi a terceira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1985. Além dela, tornaram-se imortais Rachel de Queiroz (1977), Dinah Silveira de Queiroz (1980), Nélida Piñon (1989), Zélia Gattai (2001), Ana Maria Machado (2003), Cleonice Berardinelli (2009), Rosiska Darcy de Oliveira (2013) e, mais recentemente, Fernanda Montenegro (2022).

Lygia nasceu em São Paulo e foi criada no interior do Estado. Voltou a morar na capital paulista na adolescência, quando manifestou sua vocação pela literatura. Ao atingir o que ela considera sua maturidade literária, a escritora rejeitou suas primeiras produções: “a pouca idade não justifica o nascimento de textos prematuros, que deveriam continuar no limbo”, disse Lygia segundo sua biografia na Academia Brasileira de Letras.

Sua paixão por escrever foi incentivada por outros grandes escritores, amigos dela: Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo. Se formou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, e cursou a Escola Superior de Educação Física da mesma universidade.

O livro Ciranda de Pedra (1954) é considerado por ela mesma o marco inicial de suas obras completas. O romance serviu de inspiração para uma novela de sucesso que foi ao ar em 1981 na TV Globo, com uma segunda versão em 2008.

Seu segundo romance, Verão no Aquário (1963), lhe rendeu seu primeiro prêmio Jabuti. Depois ela recebeu outros três, que se juntam a uma enorme lista de premiações por suas obras. (veja abaixo a lista completa de prêmios literários)

A década de 1970 foi de intensa atividade literária e marca a sua consagração na carreira. A escritora publicou alguns de seus livros mais importantes: Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977) e o livro de contos Filhos Pródigos (1978).

De acordo com a ABL, a consagração definitiva viria com o Prêmio Camões (2005), distinção maior em língua portuguesa pelo conjunto de obra.

Teve seus livros publicados em diversos países: Portugal, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia e Espanha, entre outros, com obras adaptadas para TV, teatro e cinema.

Prêmios

— Prêmio do Instituto Nacional do Livro, por Histórias do Desencontro (1958)

— Prêmio Jabuti, por Verão no Aquário (1965)

— Grande Prêmio Internacional Feminino para Contos estrangeiros, França (1969) por Antes do Baile Verde

— Prêmio Candango, concedido ao melhor roteiro cinematográfico, por Capitu parceria com Paulo Emílio Sales Gomes (1969)

— Prêmio Guimarães Rosa (1972)

— Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras; Jabuti e APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte, pelo romance As Meninas (1974)

— PEN Clube do Brasil, pelo livro de contos Seminário dos Ratos (1977)

— Prêmio Jabuti e APCA, por A Disciplina do Amor (1980)

— II Bienal Nestlé de Literatura Brasileira (1984)

— Prêmio Pedro Nava, (Melhor Livro do Ano), por As Horas Nuas (1989)

— Prêmio Jabuti; Prêmio Arthur Azevedo, da Biblioteca Nacional e APLUB de Literatura, por A Noite Escura e Mais Eu (1995)

— Condecorada com a Ordem das Artes e das Letras pelo governo francês (1998)

— Prêmio Jabuti; APCA; Concurso paralelo “Livro do Ano” e o “Golfinho de Ouro”, por Invenção e Memória (2001)

— Prêmio Camões, pelo conjunto da obra, Portugal – Brasil (2005)

— Prêmio APCA, por Conspiração de Nuvens (2007)

— Prêmio Mulheres mais Influentes – Gazeta Mercantil (2007)

— Prêmio Dra. Maria Imaculada Xavier da Silveira, 2008 – OAB

— Prêmio Juca Pato 2009 (Intelectual do Ano) – União Brasileira de Escritores

— Prêmio Conrado Wessel de Literatura 2015

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