Segunda-feira, 20 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2015
A dona de casa Augusta Ziquini, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), acorrentou a própria filha para mantê-la em casa. Esta foi a única forma encontrada por ela para proteger a filha de 33 anos viciada em drogas há 20. O desespero da usuária é tão grande que ela pede para ser presa em casa, para não dar o mau exemplo aos três filhos.
A medida drástica, de amarrar pernas e os pés junto à cama, foi tomada pela mãe, Augusta Ziquini, nesta semana. A mulher, que não foi identificada, pede socorro. “Pode policial falar que não pode, pode me levar algemada para a delegacia, mas eu coloco. Sou mais dar comida para ela algemada dentro de casa do que vê-la no mundão, pedindo coisas aos outros, se humilhando”, disse a mãe, emocionada.
A usuária conta como é a ausência da droga. “É como se eu tivesse uma sede, uma fome e não pudesse ter água, comida. É uma vontade insuportável. Grita, fala mais forte do que eu. Acabei de pedir para passar a corrente no meu pé de novo. Queria que alguém me ajudasse e me colocasse em uma clínica, pois todas que eu procuro são pagas e eu não tenho condições. Quero e necessito de um tratamento, minha família não tem como pagar”, afirmou a mulher.