Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2015
Há cerca de duas semanas, a dona de casa Gercineide Nogueira Sampaio, 38 anos, deu à luz ao seu quinto filho, no hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira (AC). Três dias após o parto, ela percebeu que o filho não conseguia movimentar o braço. Um raio-X feito no recém-nascido mostrou que houve uma lesão no membro. Com os resultados em mãos, a mãe fez uma denúncia no MP-AC (Ministério Público Estadual), alegando negligência médica e registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade. A Secretaria de Saúde do Acre disse que vai se pronunciar sobre o caso por meio de nota.
Além da lesão no filho, Gercineide diz que foram feitos cortes durante o parto normal. Ela afirma que se sente constrangida com as cicatrizes em seu corpo. Ela alega que a criança era muito grande para fazer um parto normal, mas que mesmo assim os médicos insistiram e no momento do parto uma episiotomia foi necessária.
Lesões no bebê
O médico Carlos Marques Júnior, que faz residência em ortopedia, analisou o raio-X. Segundo ele, aparentemente não há sinal de fratura e o bebê pode ter sofrido uma paralisia obstétrica, uma lesão no nervo. “De um modo geral ela tende a regredir e o paciente melhorar da paralisia, mas algum grau de paralisia fica. De início ela pode até pegar o braço como um todo, mas normalmente ela regride e se localiza só no ombro”, explica. O médico diz ainda que é possível fazer uma cirurgia para amenizar a situação quando a criança completar 3 ou 4 anos.
A mãe do bebê diz que percebeu que havia algo errado porque o filho não parava de chorar. “Me sinto péssima ao ver ele sem movimentar o braço. Não sei o que fazer, só quero que reparem o dano, o médico do hospital não foi me olhar, trocou o plantão, não passaram as informações e fizeram o parto de última hora”, contou. Segundo ela, o bebê terá que passar por um tratamento em Rio Branco para que volte a movimentar o braço. (AG)