Sábado, 04 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2017
Mãe da turista britânica Mia Ayliffe-Chung, assassinada na Austrália, criticou Donald Trump por incluir a morte de sua filha na lista de atentados jihadistas que supostamente não receberam cobertura da imprensa e acusou o presidente americano de usar a sua filha para demonizar os muçulmanos.
O presidente dos Estados Unidos responsabilizou na segunda-feira (6) a mídia “desonesta” de não desejar cobrir alguns ataques extremistas, sem apresentar evidências. A Casa Branca publicou posteriormente uma lista de 78 “atentados” que teriam sido “executados ou inspirados” pelo grupo Estado Islâmico.
Vários meios de comunicação, como “BBC”, “The Guardian”, “The Washington Post” e “Le Monde”, responderam com links que demonstram a ampla cobertura dos ataques. A lista inclui cinco “atentados” na Austrália, entre eles o assassinato em agosto do ano passado de dois mochileiros britânicos, Mia Ayliffe-Chung, 21 anos, e Tom Jackson, 30, um crime que teve ampla cobertura da “Agence France-Presse” e de vários outros meios de comunicação.
Em uma carta aberta ao presidente americano publicada nas redes sociais, Rosie Ayliffe, mãe de Mia, condena o vínculo estabelecido entre este crime e o islamismo radical. “A possibilidade de que as mortes de Mia e Tom tenham sido consequência de um ataque terrorista islâmico foi descartada nos primeiros momentos da investigação”, escreve. (AG)