Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de junho de 2019
Uma criança de 9 anos de idade foi brutalmente assassinada pela mãe e pela madrasta, no Distrito Federal. O caso repercutiu nacionalmente devido a gravidade dos acontecimentos. De acordo com a Polícia Civil do DF, Rhuan Maicon da Silva Castro foi torturado pelas duas, que o decapitaram ainda vivo. Na delegacia, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, afirmou que tinha ódio do filho.
De acordo com o delegado-adjunto da 26ª Delegacia de Polícia, Guilherme Melo, ela matou o menino porque queria que ele fosse mulher e porque o filho a lembrava do sogro e do ex-marido, que a teria estuprado. Melo foi ouvir testemunhas no município de Rio Branco, onde o casal morava e afirmou que os relatos foram de que as duas mudaram de comportamento nos últimos cinco anos, por causa “da religião fervorosa”.
O caso
Elas teriam atacado a criança com 10 facadas nas costas e uma no peito, enquanto ele dormia. Em uma tentativa de se livrar do corpo, as acusadas, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, e Kacyla Pryscila Pessoa, de 28 anos, esquartejaram Rhuan e tentaram queimá-lo em uma churrasqueira. Como não conseguiram, as duas cortaram os membros do menino e dividiram em duas mochilas, que foram jogadas dentro de um bueiro no bairro onde elas moravam, em Samambaia, região administrativa do DF.
Ele já teria sofrido agressões por parte do casal anteriormente, que cortou o pênis do garoto há cerca de um ano. A mãe afirmava que o filho era um empecilho para o relacionamento com Kacyla, e o mantinha em cárcere privado, sem frequentar a escola ou circular fora de casa. Rosana já teria perdido a guarda de Rhuan há 5 anos, mas, depois da decisão da Justiça, ela fugiu com a criança de onde moravam, no Acre. Nestes cinco anos, antes de se mudar para o DF, o casal morou em Alagoas e Goiás, com o menino e uma outra criança, com a mesma idade de Rhuan, filha de Kacyla. A menina também não frequentava a escola.
Desdobramentos
Os crimes, se somados, deverão garantir uma pena de até 57 anos de prisão para cada uma. Dentre as acusações estão homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver, fraude processual (por ter limpado a cena do crime) e lesão corporal gravíssima. A filha de Kacyla foi encaminhada ao Conselho Tutelar. Rhuan foi enterrado em Rio Branco, Acre.