Saúde Maior medo do brasileiro que tem de 16 a 24 anos é a morte de parente

Jovens de hoje consideram a saúde, a família o trabalho e o estudo mais importantes do que sexo, dinheiro e amigos. Crédito: Reprodução

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha aponta que os jovens brasileiros têm sonhos e valores bem tradicionais e o maior medo deles é a morte dos parentes. O levantamento, realizado em junho, ouviu 2.437 pessoas. Dessas, 1.036 têm idade entre 16 e 24 anos, 1.072 são adultos com 25 anos ou mais e 329 são adolescentes de 12 a 15 anos.

A pesquisa concluiu que o jovem brasileiro considera mais importantes na vida a saúde, a família, o trabalho e os estudos – à frente de quesitos como amigos, sexo e beleza. O objetivo mais citado não é ficar rico nem mesmo ser feliz, mas, sim, alcançar a profissão dos sonhos, o que geralmente envolve um curso superior.

De acordo com o cientista social e pesquisador Bruno Komatsu, estudos mostram que o aumento da renda dos adultos está relacionado a uma maior possibilidade de os jovens continuarem os estudos. Isso, somado a outros fatores, como programas do governo, levou mais jovens ao ensino superior.

Em contrapartida, esses indivíduos apontam que seu maior medo é o da morte de um parente ou de alguém próximo – quesito em que diferem dos brasileiros de 25 anos ou mais, cujo maior pesadelo é a violência.

Rejeições.

A pesquisa Datafolha mostrou ainda que o brasileiro jovem, em sua maioria, rejeita o aborto, a maconha e os vídeos pornográficos. E que 30% desses indivíduos veem o comportamento homossexual como moralmente inaceitável, enquanto 36% o acham aceitável. O dado mostra uma queda no preconceito, já que, há oito anos, o homossexualismo era moralmente inaceitável para quase metade dos brasileiros de 16 a 24 anos. Além disso, a rejeição aos gays é menor entre os jovens do que entre os brasileiros de mais de 25 anos, grupo em que quase metade (45%) diz que não aceita o comportamento.

A rejeição ao aborto também caiu, ainda que continue em níveis altos: 79% o acham inaceitável, um pouco abaixo dos 85% de 2007. Por fim, 67% afirmam que é moralmente errado fumar maconha – também abaixo dos 73% de oito anos atrás.
Quando o assunto é pirataria, baixar músicas ou vídeos na internet não é problema para esse público – nos dois casos, mais da metade acha moralmente aceitável.

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