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Geral Mais da metade dos brasileiros sente que o trabalho impacta negativamente na vida

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A pesquisa ouviu 1.376 pessoas de todas as regiões do Brasil. (Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias)

Mais da metade dos brasileiros (51,4%) sente que o trabalho impacta negativamente em outros aspectos da vida, principalmente na saúde mental. A percepção é ainda mais forte entre as gerações mais jovens, como a geração Z, nascida entre 1996 e 2010 (53,04%) e os millenials, de 1981 a 1995 (53,47%). A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo ecossistema Great People e Great Place to Work (GPTW), que visa incentivar a construção de locais de trabalho mais acolhedores e diversos.

A pesquisa ouviu 1.376 pessoas de todas as regiões do Brasil. A maioria dos respondentes é mulher (73,3%) e branca (59,5%). O cargo mais presente foi o de analista (39,7%), seguido pelo de supervisor/gerente (26,6%). Entre as gerações, houve millenials (47,2%), geração X, nascidos de 1965 a 1980 (29,3%), geração Z (16,7%), baby boomers, nascidos entre 1945 e 1964 (6,3%) e uma pequena parcela, de 0,5%, de pessoas acima de 60 anos.

A saúde mental foi o ponto mais citado pelas pessoas que responderam que o trabalho afeta outras áreas da vida — 80,3%. A saúde física (41,9%), a qualidade do sono (36,8%) e as relações familiares (28,3%) também foram mencionados. A “sensação ruim” que surge aos domingos, antes da volta ao trabalho na segunda-feira, é sentida por 55,78% dos entrevistados e, assim como já mencionado, é mais prevalente entre os mais jovens: 11,49% dos baby boomers a sentem, enquanto 57,39% da geração Z tem o sentimento.

Segundo Daniela Diniz, diretora da Great People & GPTW, os números indicam que as pessoas muitas vezes não encontram propósito ou sentido no trabalho que fazem, e o pagamento não compensa.

“Estamos numa bela de uma ressaca pós-pandemia, no espírito de trabalhar para sobreviver”, comenta. Por isso, termos como “quiet quitting” (demissão silenciosa) ou “resenteeism” (ficar, mas a contragosto) têm se popularizado, para indicar que os trabalhadores têm demonstrado insatisfação.

Para as lideranças, a tarefa se torna estar presente e ouvir o funcionário, para entender o que ele deseja e como melhorar o ambiente. “É necessário entender quem são as pessoas que trabalham com você. Hoje, a liderança precisa ser preparada para metas, mas também para conhecer cada um, e sair da perfumaria das práticas de qualidade de vida”, explica Diniz.

Assim, segundo ela, oferecer incluir terapia psicológica no plano de saúde, ou exigir um mínimo de tempo entre reuniões, por exemplo, são atitudes válidas, mas não anulam a responsabilidade dos líderes de estarem próximos.

Uma questão na qual o descompasso entre funcionários e empresas fica evidente é no regime de trabalho, se híbrido, presencial ou totalmente remoto. Na pesquisa, 52,8% disseram que preferem o híbrido, 31,3% dos entrevistados afirmaram preferir o remoto e apenas 11% o presencial (4,9% disseram não ter preferência). No entanto, atualmente, 43,8% estão no modelo totalmente presencial, 32,8% no híbrido e 20,2%, no remoto. Grandes empresas brasileiras e dos Estados Unidos já voltaram ao presencial – incluindo o Zoom, “símbolo” das videochamadas durante a pandemia.

A pandemia, inclusive, é a principal razão para esse descompasso. “Observamos um profissional frustrado, que experimentou durante dois anos a flexibilidade, que é melhor para a vida dele, e agora está submetido a um retorno da era pré-pandemia. Há um risco para a organização de perder pessoas, talento e engajamento”, avalia Diniz.

Segundo ela, a transmissão da cultura da empresa, muitas vezes utilizada como motivação para a volta ao presencial, também pode ser transmitida online, desde que mecanismos sejam criados para tal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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https://www.osul.com.br/mais-da-metade-dos-brasileiros-sente-que-o-trabalho-impacta-negativamente-na-vida/ Mais da metade dos brasileiros sente que o trabalho impacta negativamente na vida 2023-10-26
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