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Mundo Mais de 1 milhão de venezuelanos já deixaram o país entre 2014 e 2017, enquanto empresas de pesquisa estimaram a fuga de 4 milhões de pessoas nos últimos anos

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O pagamento foi ordenado dias após a eleição de Maduro, em 2013. (Foto: Reprodução)

A decisão do governo Nicolás Maduro de antecipar as eleições presidenciais de dezembro para abril aprofundou a crise política e social em que a Venezuela está mergulhada e colocou os governos do continente em estado de alerta. Dentro do país, cresce a sensação de que uma eventual saída do chavismo será traumática. Há dúvidas sobre se a oposição, dividida, conseguirá consolidar o que chamou de Frente Ampla Nacional, integrada, além dos partidos políticos, por sindicatos, Igreja Católica e universidades.

Externamente, governos da região dividem esforços entre condenar e isolar o governo e lidar com o expressivo êxodo de venezuelanos, que, segundo analistas, deverá crescer ainda mais depois das presidenciais. Sem a participação dos principais partidos da oposição, foi criado o cenário para a reeleição de Maduro, embora sua rejeição chegue hoje a 80%. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados estima que mais de 1 milhão de venezuelanos já deixaram o país e 110 mil pediram refúgio. O informe foi elaborado após levantamento dos dados de 2014 a 2017. Os números de 2017 mostram um aumento em comparação ao que se registrava entre 2014 e 2016. Naqueles três anos, foram 28 mil pedidos de asilo nos EUA, 4,7 mil no Brasil e apenas 4,1 mil na Espanha. No ano passado, foram 17,4 mil pedidos de asilo nos EUA 15,6 mil no Brasil, 7,3 mil na Espanha.

O The Wall Street Journal comparou a crise humanitária venezuelana com o drama sírio. Na opinião do senador eleito chileno José Miguel Insulza, ex-secretário-geral da Organização de Estados Americanos, trata-se de um exagero, mas que poderá se tornar real. “Não vejo saída a não ser esperar que o próprio colapso, principalmente econômico, obrigue Maduro a sair”, disse Insulza ao jornal O Globo. Para ele, o chefe de Estado está cercado e não admite deixar a Presidência porque suas duas únicas opções são “poder ou prisão”.

O Chile é um destino cada vez mais procurado pelos venezuelanos, e Insulza acredita que o presidente eleito Sebastián Piñera, que retornará ao Executivo em 11 de março, poderia aplicar uma política migratória mais rigorosa do que a da atual chefe de Estado, Michelle Bachelet, indo na contramão de países como Peru e Argentina.

Embora a Venezuela tenha sido suspensa do Mercosul no ano passado, seus cidadãos continuam sendo beneficiados pelas regras internas do bloco. A Argentina, que no ano passado concedeu residência a 31 mil venezuelanos, anunciou recentemente sua decisão de reconhecer diplomas de universidades da Venezuela. Nos últimos cinco anos, o número de venezuelanos que pediu para se instalar no país cresceu 1.600%. Já o Peru – onde vivem 100 mil venezuelanos – ampliou os prazos para conceder a chamada “permissão temporária de permanência”.

Não há estatísticas oficiais, mas a Universidade Central da Venezuela estima que, desde a chegada ao poder de Hugo Chávez, em 1999, 3 milhões deixaram a Venezuela, de um total de 31,5 milhões de habitantes. Deste total, estima-se que metade deixou o país depois de 2015. Uma pesquisa da Consultores 21 calculou, no mesmo período, um êxodo de 4 milhões de venezuelanos, com 56% deles rumando para outros países da América do Sul. Só na Colômbia, já são mais de 500 mil, uma bomba relógio que o presidente colombiano Juan Manuel Santos deixará para o vencedor das presidenciais do primeiro semestre deste ano.

 

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