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Brasil Mais de 30 bombeiros são presos por receberem propina para a concessão de alvarás no Rio de Janeiro

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Quartel de Nova Iguaçu é um dos locais onde ocorriam as irregularidades. (Foto: AG)

Uma operação realizada na manhã desta terça-feira (12) pela polícia e pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) prendeu pelo menos 34 bombeiros suspeitos de receberem propina para a concessão de licenças a estabelecimentos comerciais.

Durante as investigações, foram interceptadas conversas telefônicas que revelaram o esquema de corrupção para expedir alvarás. Os comandantes de alguns batalhões estão entre os investigados. Entre os 35 bombeiros denunciados estão dez coronéis, sendo dois da ativa e oito da reserva; oito tenentes coronéis; dois majores; oito capitães; um primeiro tenente; um subtenente; três segundos sargentos; um terceiro sargento; e um cabo bombeiro.

Foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e na Diretoria de Serviços Técnicos e nos gabinetes e armários de denunciados. O esquema de corrupção ocorria principalmente no setor de engenharia do 4º Grupamento do Bombeiro Militar de Nova Iguaçu, do 14º Grupamento do Bombeiro Militar de Duque de Caxias e do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos, do qual participavam oficiais bombeiros militares responsáveis por expedir documentação indispensável para o funcionamento de qualquer estabelecimento comercial. Os presos foram levados para a Cidade da Polícia.

As investigações começaram a apurar a prática criminosa no grupamento de Nova Iguaçu, mas a polícia identificou que o grupo atuava em um âmbito maior e o esquema em outros municípios.

Dentre os mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão os de dois assessores especiais do Comandante Geral do CBMERJ, dos comandantes da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu, Irajá, (ex-comandante de Duque de Caxias), GOPP, Copacabana, Campinho, Jacarepaguá e do Destacamento de Paracambi, além de sete coronéis da reserva.

Os militares recebiam propina para expedir os laudos técnicos de diversos estabelecimentos comerciais, tanto de pequeno, médio e grande portes. Para conceder essas licenças, os bombeiros deveriam avaliar as instalações hidráulica e elétrica, assim como o posicionamento da saída de emergência e outros aspectos ligados a segurança do local. As licenças eram vendidas por R$ 750 até R$ 30 mil, dependendo do tamanho do estabelecimento.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, três grupos atuavam no Corpo de Bombeiros. O primeiro era o núcleo da liderança, composto por assessores especiais de um comandante da corporação. Desse núcleo faziam parte Ricardo Luiz Ferreira de Aguiar e José Augusto da Cunha Bandeira, contra os quais foram cumpridos mandados de prisão. A dupla indicava os responsáveis pelos quartéis apenas para aqueles que aceitassem participar do esquema.

O segundo núcleo era o da engenharia, composto pelos bombeiros responsáveis pela liberação dos alvarás e licenças dos estabelecimentos comerciais. O terceiro núcleo era composto por bombeiros da ativa e da reserva responsáveis por intermediar o esquema de propina, ou seja, era eles que recebiam o dinheiro dos comerciantes. O primeiro militar preso que chegou à Cidade da Polícia, por volta das 6h40min, foi um capitão do Corpo de Bombeiro do Recreio, na Zona Oeste. (AG)

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