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Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2019
Os Estados Unidos enviarão 3.750 soldados para fronteira com o México, segundo informou o Pentágono no último domingo, enquanto o presidente Donald Trump reiterou seu pedido de um muro para reforçar a segurança na fronteira. O aumento das tropas, que chega a 4.350 soldados, será por um período de três meses.
“O Departamento de Defesa mobilizará aproximadamente 3.750 soldados norte-americanos adicionais para fornecer apoio adicional ao CBP (Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras) na fronteira sul, que foi aprovado em 11 de janeiro pelo secretário interino de Defesa (Patrick) Shanahan” , disse o Pentágono em um comunicado.
Soldados já haviam sido enviados para a fronteira sob as ordens de Trump antes das eleições de meio de mandato em novembro e quando caravanas de migrantes da América Central se aproximaram da área para tentar entrar nos Estados Unidos em busca de asilo, para fugir da violência e pobreza nos seus países de origem.
Essa missão, sob a qual os soldados deram apoio aos agentes civis da patrulha de fronteira por meio de apoio logístico e com a instalação de cercas, foi considerada pelos críticos de Trump como um movimento político.
O presidente Trump deu ao Congresso uma chance até 15 de fevereiro para aprovar os fundos necessários para a construção do muro da fronteira, uma de suas principais promessas de campanha.
No domingo, Trump insistiu na necessidade da barreira. “Com caravanas que marcham pelo México até o nosso país, os republicanos devem estar preparados para fazer o que for preciso para ter uma forte segurança na fronteira”, ele twittou.
“Os democratas não fazem nada, se não há muro, não há segurança, há tráfico de pessoas, drogas e criminosos de todos os tipos – MANTENHA LONGE”, continuou ele.
Os democratas, que controlam a Câmara dos Deputados, repetidamente rejeitaram o pedido de Trump para o financiamento do muro, dizendo que o presidente transformou este projeto em uma cruzada política para demonizar os migrantes e satisfazer seus eleitores.
Sua pressão no Congresso para financiar o muro levou a um fechamento parcial do governo federal por cinco semanas, entre os meses de dezembro e janeiro.
Deputado criticou o Pentágono por não divulgar informações
O secretário de Defesa em exercício, Patrick Shanahan, aprovou o envio de mais homens em janeiro. O deputado Adam Smith, presidente da Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Representantes, divulgou na quinta-feira passada, pela primeira vez, os planos para enviar mais tropas para a fronteira.
Smith fez uma crítica aos altos funcionários do Pentágono por não divulgar as informações durante uma audiência realizada no seu comitê no Congresso sobre o assunto, apenas dois dias antes.