Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2025
Exército israelense alertou que algumas áreas no norte do território permanecem "extremamente perigosas" para a população civil
Foto: ReproduçãoMais de 500 mil pessoas retornaram à Cidade de Gaza entre sexta-feira (10), e este sábado (11), após o anúncio do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. O número foi informado por Mahmoud Basal, porta-voz da agência de ajuda que opera sob a autoridade do Hamas.
O Exército israelense alertou que algumas áreas no norte do território permanecem “extremamente perigosas” para a população civil. Ameer Abu Iyadeh, um deslocado de 32 anos, disse em Khan Younis que o retorno é “cheio de feridas e dor”. Arikh Abu Saadaeh, de 53 anos, afirmou estar “feliz com a trégua e a paz”, mas acrescentou que é “mãe de um filho e uma filha que foram mortos, e está de luto por eles”.
“Só rezo para que [minha casa] não tenha sido destruída. Só esperamos que a guerra acabe de uma vez por todas, para que nunca mais tenhamos que fugir”, disse Mohamed Mortaja, de 39 anos, enquanto voltava para casa em Gaza.
A aprovação do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo gabinete israelense marca um passo importante para o fim de uma guerra devastadora de dois anos que desestabilizou o Oriente Médio.
Um breve comunicado do gabinete de Netanyahu, na madrugada de sexta-feira, informou que a coalizão aprovou o “esboço” de um acordo para libertar os reféns, sem mencionar outros aspectos do plano que são mais controversos.
Detalhes do acordo
O líder do gabinete político do grupo terrorista Hamas, Khalil al-Hayya, disse que Israel vai liberar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos e irá permitir a travessia de fronteira entre Gaza e Egito para que um grande fluxo de ajuda humanitária possa entrar na Faixa de Gaza.
O membro do grupo terrorista afirmou que todas as mulheres e crianças detidas em prisões israelenses também serão libertadas. Ele não ofereceu detalhes sobre a extensão da retirada israelense de Gaza. (Com informação de O Estado de S.Paulo)
