Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de junho de 2015
O índice de famílias endividadas no País em junho totalizou 62%, registrando a primeira queda em quatro meses, segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30).
Em maio, o percentual de famílias com dívidas era de 62,4% e, em junho de 2014, de 62,5%. O cartão de crédito foi apontado como o principal motivo do endividamento por 77,2% dos núcleos familiares, seguido por carnês (16,3%) e financiamento de automóveis (13,4%).
A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso e aquelas que informaram não ter condições de pagar seus débitos, contudo, aumentou. O percentual de famílias com dívidas atrasadas subiu para 21,3%, ante 21,1% em maio e 19,8% em junho de 2014.
Já o índice daquelas que continuarão inadimplentes aumentou para 7,9% em junho. No mesmo mês do ano passado, eram 6,6%. E, em maio, esse percentual era de 7,4%. Segundo a CNC, esse foi o maior patamar já registrado desde outubro de 2011.
Para a entidade, condições menos favoráveis de contratação de novos empréstimos e renegociação de dívidas, combinadas com a queda dos rendimentos dos trabalhadores, “têm levado a uma piora na percepção das famílias em relação ao seu endividamento”.
Muito endividadas
O percentual de famílias que se declararam muito endividadas seguiu estável entre maio e junho, segundo a entidade, com 12,5% do total. No entanto, cresceu em relação a 2014, quando atingiu 11,9%. Ainda segundo o levantamento, o tempo médio de adiamento do pagamento de contas foi de 59,6 dias em junho, menos do que o registrado em 2014, quando alcançou 60,8 dias. (AG)