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Economia Mais de 90% dos idosos preferem a poupança

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Levantamento mostra que apenas 58,7% dos brasileiros acima dos 60 têm algum tipo de investimento. (Foto: Reprodução)

Muito se fala da tal “onda conservadora” que cobriu o País desde as últimas eleições. Mas quando olhamos para as finanças pessoais dos brasileiros, esse povo tão apaixonado pela caderneta de poupança, não há grandes novidades – o conservadorismo sempre esteve lá. Para quem já passou dos 60 anos, então, é quase a regra. As informações são do jornal Valor Econômico e da Agência Brasil.

Levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra que apenas 58,7% dos brasileiros acima dos 60 têm algum tipo de investimento. E, dessa parcela, nada menos que 90,1% têm suas economias aplicadas na poupança – bem acima dos 75% quando consideramos investidores brasileiros de todas as idades.

Entre os outros 10% de investidores com mais de 60 anos, a maior parte se divide entre aplicações em títulos privados, como debêntures, CDBs e letras de crédito (2,9% do total); fundos de investimentos, como multimercados, cambial e de ações (2,8%); e planos de previdência privada (2,8%).

Aqueles que escolhem aplicar diretamente em ações de empresas listadas em bolsa ou em títulos públicos vendidos pelo Tesouro Direto são muito poucos, 0,8% e 0,7%, respectivamente.

Tamanho conservadorismo, no entanto, antes de ser um problema, reflete os vários anos de vida corridos. E pode ser explicado por pelo menos dois fatores, na avaliação da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar).

O primeiro deles, as várias crises econômicas ao longo de décadas. As entradas e saídas de planos econômicos e novas moedas, além de uma inflação de guerra, cristalizaram a cautela como a principal característica desse público. O horizonte mais curto de tempo pela frente é outro fator, uma vez que funciona como um limitador natural na busca por aplicações mais arriscadas e, potencialmente, com maior chance de perdas.

Saques

Os brasileiros voltaram a retirar dinheiro da poupança em abril. No mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 2,88 bilhões, informou o Banco Central. Essa foi a maior retirada líquida da caderneta para meses de abril desde 2016 (-R$ 8,25 bilhões).

Com o resultado de abril, a caderneta de poupança registrou saques líquidos de R$ 16,28 bilhões no primeiro quadrimestre. No mesmo período do ano passado, as retiradas líquidas tinham somado R$ 694,4 milhões.

Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018 (captação líquida de R$ 38,26 bilhões).

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança está se tornando menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da história, em 6,5% ao ano. Nos últimos meses, o investimento não tem conseguido garantir rendimentos acima da inflação.

Nos 12 meses terminados em abril, a poupança rendeu 4,16%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15, que funciona como uma prévia da inflação oficial, acumula 4,71% no mesmo período.

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