Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2025
Não é só publicamente que Carlos Bolsonaro tem feito gestos a Michelle. Nos bastidores, o vereador do Rio de Janeiro tem deixado claro que a cirurgia do pai, Jair Bolsonaro, foi um ponto de inflexão no relacionamento com a ex-primeira-dama. Segundo relatos de pessoas próximas, a aproximação entre os dois se intensificou desde que o ex-presidente passou por um novo procedimento médico. O gesto mais simbólico, que chamou a atenção de integrantes da família, foi o fato de Carlos ter aposentado o apelido que costumava usar para se referir a Michelle em momentos de tensão.
De acordo com membros do clã Bolsonaro, era comum que Carlos chamasse Michelle de “Xuxa”, sempre em tom irônico e pejorativo. Até o início do mês passado, Carlos ainda usava com frequência o apelido — algo que incomodava tanto Michelle quanto outras pessoas próximas ao núcleo familiar.
Após a cirurgia de Jair Bolsonaro, no entanto, o vereador mudou o tom. Em uma live transmitida nas redes sociais da família, ele chegou a elogiar Michelle de forma enfática, o que surpreendeu até mesmo aliados mais próximos. Carlos afirmou que a ex-primeira-dama estava cuidando do pai de “maneira excepcional” e a comparou a uma “leoa” pelo zelo demonstrado durante a recuperação do ex-presidente.
Em março deste ano, Michelle demonstrou publicamente que a relação com o enteado era distante. Durante uma entrevista concedida ao jornalista Alexandre Garcia, ela admitiu que não mantinha contato com Carlos: “Não desejo nenhum mal para ele, mas é uma pessoa que eu não quero conviver”, disse ela, sem entrar em detalhes sobre os motivos da desavença. O próprio Jair Bolsonaro confirmou que existiam problemas entre os dois: “Tem um problema lá atrás. A Michelle tem seu gênio, talvez, algum problema de ciúme”, afirmou o ex-presidente ao jornalista Leo Dias.
Eleições
Com relação a 2026, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN) são nomes cotados para compor a chapa com Michelle, caso ela se lance à Presidência. Segundo o site Poder360, as conversas ainda estão em estágio inicial.
Mesmo inelegível até 2030 por decisão do TSE, Bolsonaro insiste entre aliados que pretende ser candidato. Nos bastidores, líderes bolsonaristas afirmam que, se Bolsonaro não puder concorrer, apoiarão quem ele indicar — seja Michelle, Tarcísio de Freitas ou outro nome de confiança.