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Por Redação O Sul | 8 de março de 2018
Uma estudante morreu e um aluno ficou ferido em um tiroteio numa escola de ensino médio no Estado do Alabama, nos EUA, na quarta-feira (7). As autoridades acreditam que se tratou de um acidente, segundo a mídia local.
A aluna, que frequentou o Huffman High School em Birmingham, morreu no caminho para o hospital, de acordo com o AL.com, um site de notícias do Alabama. Um segundo aluno ficou ferido e está em condição crítica, mas estável, enquanto um funcionário adulto, também ferido, foi tratado e liberado no local.
O tiroteio ocorreu em um momento tenso nas escolas americanas depois que Nikolas Cruz entrou armado com um rifle de assalto e matou 17 pessoas numa escola de ensino médio de Parkland, na Flórida, em 14 de fevereiro. Huffman é uma das sete escolas públicas de ensino médio em Birmingham, a cidade mais populosa do Estado. A identidade do responsável pelo tiroteio não foi divulgada.
Um jovem peculiar
A família que recebeu em sua casa Nikolas Cruz, autor do massacre em uma escola da Flórida que deixou 17 mortos, afirmou que ele era um jovem peculiar, mas que nunca pensaram que era uma “monstro”. “Nós tínhamos este monstro vivendo debaixo do nosso teto e não sabíamos”, afirmou Kimberly Snead, uma enfermeira de 49 anos, o jornal Florida Sun Sentinel.
Nikolas Cruz, de 19 anos, se mudou no final de novembro para Parkland com James e Kimberly Snead, depois da morte de sua mãe por complicações provocadas por uma pneumonia. Cruz ficou sem pais e era amigo do filho dos Snead. “Eu disse que existiriam regras e ele seguiu todas as regras”, afirmou James Snead, de 48 anos, um veterano do exército e analista de inteligência militar, segundo o jornal.
Na quarta-feira da semana passada, Cruz, um ex-aluno da escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland, ao norte de Miami, abriu fogo nos corredores da instituição com um fuzil semiautomático. No ano passado, ele havia sido expulso da escola por “razões disciplinares”.
Cruz usou um fuzil semiautomático AR-15 que havia comprado legalmente e possuía outras armas, incluindo dois fuzis e várias facas, segundo a família Snead, que também tem armas em casa. O massacre de Parkland é o mais violento em uma escola nos Estados Unidos desde a tragédia do colégio Sandy Hook em 2012, quando morreram 26 pessoas, em sua maioria crianças.
FBI estava a par
O FBI, a Polícia Federal americana, admitiu recebeu em janeiro um alerta detalhado sobre Nikolas Cruz, que informava que ele tinha uma arma, um comportamento instável e publicava mensagens nas redes sociais sobre provocar uma matança na escola. Apesar da advertência, o FBI não adotou nenhuma medida.
De acordo com a família Snead, Cruz era solitário, com um comportamento peculiar e socialmente inadaptado, mas que não mostrava sinais de violência. “Era muito ingênuo. Não era estúpido, apenas ingênuo”, afirmou James Snead ao Sun Sentinel.
Os Snead descreveram o jovem como alguém que aparentemente cresceu sem a obrigação de realizar tarefas comuns. Não sabia cozinhar, lavar roupa, recolher suas coisas ou até mesmo usar o micro-ondas. Ele tinha hábitos incomuns como misturar um cookie de chocolate em um sanduíche de queijo e sempre ia para a cama às 20h.
Cruz era um jovem solitário e queria ter uma namorada, mas estava deprimido pela morte da mãe, segundo o casal. Também disse que conversou com um recrutador militar e pretendia se alistar no exército.