Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2017
O craque Neymar escolheu Barra Grande, na Península de Maraú, litoral sul da Bahia, para passar o réveillon. Acompanhado do filho, David Lucca, dos parças (como chama os amigos próximos) e do surfista Gabriel Medina, o jogador do Paris Saint-German alugou a mansão do publicitário Duda Mendonça, ex-marqueteiro político que teve seu nome envolvido no escândalo do Mensalão, em 2005.
A casa é digna de Hollywood, com extensa área verde, parque aquático e heliporto. Antes de Neymar, a cantora Solange Almeida também curtiu dias de folga por lá.
Neymar chegou à Bahia a bordo de um jatinho particular. Desde que a turma se instalou na mansão, a curtição na piscina não para.
Entrevistado por Piqué
Neymar está sempre cercado de amigos, inclusive nas entrevistas. Em bate-papo descontraído com o ex-companheiro de Barcelona Gerard Piqué, em ação organizada pelo portal “The Players’ Tribune”, Neymar e Piqué evitaram falar sobre sua carreira nos clubes e trocaram experiências e memórias sobre suas seleções nacionais.
Publicada na quarta-feira, a entrevista inclui pergunta de Piqué sobre a eliminação do Brasil na Copa do Mundo de 2014, e Neymar narrou em detalhes o que sentiu após se machucar nas quartas de final, contra a Colômbia. Sem seu principal jogador, a seleção brasileira sucumbiu na semifinal diante da Alemanha, dias depois.
“Quando ele (Zúñiga, jogador colombiano) me atacou, senti uma reação. Tentei me levantar. Estava com muita dor e lembro que minha cabeça estava o chão. E o Marcelo estava dizendo: “chamem os médicos”. E eu disse: “não, não, eu quero jogar”, porque eu queria marcar”, lembrou Neymar.
“Mas eu não conseguia levantar as pernas. Não conseguia mexer minhas pernas. E o médico me tirou e comecei a chorar. Porque estava doendo muito e eu não sentia nada, não sentia minhas pernas. Então fui para o hospital do estádio. Eles me deixaram lá. Eu me lembro que eu estava com a minha perna dobrada assim, e quando eu tentava esticá-las… Foi aí que eu entendi que não tinha como continuar”, completou o craque brasileiro.
O atacante também se recordou que os médicos lhe disseram que poderia ter perdido movimentos nas pernas, caso a pancada de Zúñiga tivesse desviado alguns centímetros, e teve que ir para casa de cadeira de rodas. Piqué, então, pediu a Neymar que definisse a Copa em uma palavra, e o brasileiro foi bem-humorado.
“Aquela Copa do Mundo, em uma palavra apenas? Uma porcaria (risos). Para mim, foi ruim. Prefiro perder de 7 a 1 do que me machucar, sabe? Mas eu estava de fora (da semifinal) sem querer estar”, concluiu.
Quando o assunto mudou para o próximo Mundial, no entanto, Neymar se animou. Piqué perguntou ao ex-colega se a seleção brasileira estava entre os favoritos, e recebeu resposta positiva.
“Eu acho que não só o Brasil, mas todas as equipes nacionais que têm números fortes, que têm jogadores de qualidade, são favoritas. Como o Brasil, a Espanha, a Argentina, a França, a Alemanha, essas cinco equipes, para mim, são as favoritas” disse Neymar.
O craque da seleção de Tite apostou ainda na Islândia como possível surpresa no Mundial da Rússia, e Piqué concordou. Os islandeses estão no grupo de Nigéria, Croácia e Argentina, equipe liderada por Lionel Messi, ex-companheiro de Neymar no Barcelona e ainda colega de clube de Piqué.
“Sempre conversei com ele (Messi). É… você tem que ganhar, cara! Caso contrário… (risos). E foi difícil para eles (seleção da Argentina)”, refletiu o brasileiro.