Acontece MAPFRE Investimentos aponta que a expectativa é de inflação baixa
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2017
A MAPFRE Investimentos projeta alta de 0,23% no IPCA-15 (Índice de Preço ao Consumidor Ampliado), que será divulgado nesta semana. O índice deve ser impactado pelos preços de alimentos e bebidas, energia elétrica e gasolina. Também será importante observar os dados de núcleo e serviços de inflação.
Apesar de ser possível verificar uma redução considerável da deflação de produtos agropecuários nos preços ao atacado (IPA), essa diferença ainda não foi transmitida, com a mesma intensidade, para o consumidor. Portanto, no que diz respeito à inflação de alimentação, espera-se a continuidade da deflação observada no mês passado, porém um pouco mais fraca.
No final de agosto e início de setembro, a Petrobras anunciou reajustes na gasolina, fazendo com que o aumento acumulado, em menos de uma semana, alcançasse 12%. Entretanto, nos dias subsequentes a estatal começou a baixar o preço dos combustíveis, de forma que o aumento acumulado no começo deste mês foi praticamente diluído. Com isso, a expectativa é de leve queda no IPCA-15 de itens de transporte em relação ao que foi observado no mês anterior, quando o PIS/Cofins gerou maior pressão inflacionário na categoria.
A energia elétrica deve ter leve deflação, devido ao anúncio, no fim de agosto, de redução da bandeira tarifária, de vermelha para amarela. A projeção da MAPFRE Investimentos incorpora a premissa de que não haverá alteração na tarifa até o final de 2017.
A perspectiva da inflação de serviços é de um comportamento similar do IPCA fechado de agosto, porém com maior intensidade. Observa-se uma redução sobretudo em preços de serviços subjacentes e também nos núcleos de inflação.
Portanto, a perspectiva de inflação baixa permanece para nesta semana, não apenas por itens mais voláteis, como alimentação e combustíveis, mas, também, por conta dos núcleos de inflação. Isso traduz, principalmente, a continuidade da queda preços de serviços. A estimativa para a inflação é de 0,30%, em setembro, e de 2,9%, em 2017.
Gestão
Apesar do aumento da tensão geopolítica no mundo, após o lançamento de um novo míssil pela Coreia do Norte, que sobrevoou o território japonês, a semana foi positiva para os principais mercados acionários mundiais. A moeda americana reverteu a tendência de desvalorização das semanas anteriores frente aos seus principais pares e operou em alta. Com relação ao real, o dólar se valorizou 1,12%, sendo cotado a R$ 3,1106.
O Ibovespa manteve o otimismo apresentado nas últimas semanas e registrou forte alta de 3,66%, rompendo o topo histórico de 2008, encerrando a semana com 75.756 pontos. O fluxo de investimento externo na bolsa permanece elevado em 2017 com saldo líquido de R$ 13,9 bilhões. Só em setembro o superávit atinge R$ 2,93 bilhões. O destaque positivo da semana foram as ações da Natura, com alta de 14,20% na semana após a conclusão da compra da The Body Shop. Pelo lado negativo, as ações da Fibria recuaram 3,91%, apesar do anuncio de aumento do preço da celulose feito pela empresa.
Já no mercado de renda fixa, os juros futuros operaram em direções opostas, com a parte mais curta da curva em leve queda e com recomposição de prêmio na ponta longa da curva. Após a divulgação da Ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), os investidores ajustaram suas posições para o fim do ciclo de juros que se aproxima. Os destaques da semana for am: Jan18 queda de 5,5 pontos; Jan19 queda de 10 pontos; Jan21 alta de 6 pontos; Jan23 alta de 9 pontos; Jan25 alta de 9 pontos.
