Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Flavio Pereira | 2 de maio de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Vamos até as ultimas consequências, e vamos impedir que o governo devolva esse dinheiro por meio do Tesouro Nacional, deixando livres as associações e sindicatos, e os seus dirigentes, que roubaram os aposentados,” afirmou oi deputado federal Marcel Van Hattem ao assegurar o apoio do NOVO à CPI do INSS.
Segundo Marcel, “será uma CPI que certamente, pela importância, vai mexer com a Câmara dos Deputados. O que foi feito é realmente hediondo: roubar das senhoras, dos velhinhos, dos deficientes, que já recebem aposentadorias pequenas. Com beneplácito de um ministro – Carlos Lupi – que não deveria estar ocupando aquela cadeira. Parece que deseja ocupar o lugar da Janja como a pessoa que mais atrapalha o Lula”, afirmou.
Pedido de CPI tem apoio de partidos da base do governo
O pedido foi apresentado com 185 assinaturas. O número mínimo necessário é de 170 apoios. Deputados de partidos que ocupam vagas na Esplanada registraram 81 apoios ao requerimento, sendo: 25 do União Brasil, 18 do PP, 18 do Republicanos, 11 do MDB e 9 do PSD. Integrantes do PL são a maioria dos que apoiaram o pedido, com 81 assinaturas. Outras 23 são de deputados do Novo, PRD, Avante, Podemos, Cidadania, PSDB e Solidariedade.
Alexandre de Moraes tira Collor da prisão
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes atendeu a pedido da defesa do ex-presidente Fernando Collor, condenado na Operação Lava-Jato a 8 anos e meio por corrupção, autorizou a prisão domiciliar e levou em consideração diagnóstico de Doença de Parkinson. O caso de Collor é uma exceção dentro do STF: um levantamento do Estadão mostra que, entre 2024 e 2025, apenas 27% desse tipo de pedido foram aceitos.
Como o mesmo processo de Collor e Lula produziu resultados diferentes
Enquanto o STF livrou Lula de todas as condenações e acusações que respondia na Lava-Jato, mas sem absolvê-lo, deu sequência ao processo contra Collor, que teve origem na mesma operação, concentrada na corrupção dentro da Petrobras.
A diferença entre um caso e outro é apenas formal: em relação a Lula, os processos começaram na primeira instância da Justiça e subiram até chegar ao STF, que anulou tudo o que havia sido feito nas demais instâncias. No caso de Collor, o processo começou e terminou na Corte Suprema, o que torna muito mais difícil uma reviravolta, como ocorreu com Lula.
Inflação do governo Lula: 58% dos brasileiros reduzem compras de alimentos, diz Datafolha
O discurso é um, mas a realidade é outra: entre os mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos, o impacto é ainda maior: 67% afirmam que, por causa da inflação, cortaram os gastos com comida, informa pesquisa do Datafolha.
Além da redução nas compras de alimentos, a pesquisa perguntou se os entrevistados mudaram outros hábitos de consumo: 61% diminuíram a frequência com que come fora de casa; 58% reduziram a quantidade de alimentos que costuma comprar; 50% trocaram a marca habitual de café por uma mais barata, e 49% diminuíram o consumo de café.
Pela tradição, governador Romeu Zema oferecerá o fardão para a posse de Míriam Leitão na ABL
A jornalista Míriam Leitão foi eleita para ocupar a Cadeira 7 da Associação Brasileira de Letras, na sucessão do cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro deste ano. Ela foi escolhida por 20 de 34 votos possíveis. Segundo o estatuto da ABL, a posse é marcada de comum acordo entre o novo Acadêmico e o escolhido para recepcioná-lo. De praxe, o vistoso fardão é oferecido pelo Governo do Estado natal do Acadêmico. O atual presidente da Academia é o jornalista Merval Pereira, colunista do jornal O Globo. Como Míriam Leitão é natural de Caratinga, Minas Gerais, caberá ao governador Romeu Zema ofertar o fardão.
General Paulo Chagas
Há muita polêmica, contradições e até inverdades sobre a militância da jornalista na esquerda. Segundo dados oficiais, Míriam Leitão, conhecida como “Amélia”, então militante do PCdoB, partido clandestino à época, foi presa com seu namorado, “Mateus”, em 1972 na capital de Vitória, Espírito Santo, quando tinha 19 anos, por “agrupamento prejudicial à segurança nacional e propaganda subversiva”, de acordo com registro do Ministério Público Militar, disponível no projeto “Brasil: Nunca Mais”. Ela foi absolvida em 1974, segundo documentos da Justiça Militar. Foi um período agudo de enfrentamento entre organizações terroristas e do governo, lembra o general da reserva Paulo Chagas: “Mais de cem pessoas tinham sido mortas em consequência de atentados terroristas, 300 bancos tinham sido assaltados por terroristas, 300 militantes comunistas haviam sido enviados para cursos de terrorismo na China e em Cuba, vários quartéis haviam sido assaltados para roubo de armamento, 3 diplomatas haviam sido sequestrados, militares estrangeiros haviam sido justiçados, vários atentados à bomba haviam sido executados – dentre eles o do Aeroporto dos Guararapes e o ataque ao QG do II Exército – e a Guerrilha do Araguaia – comandada, patrocinada e mobiliada por agentes do PCdoB – estava em curso de operações”, recorda o general.
@flaviorrpereira
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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