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Brasil Marcelo e Emílio Odebrecht, filho e pai, dão uma trégua em sua briga

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Marcelo foi preso em junho de 2015. (Foto: Cicero Rodrigues)

Em um mês decisivo para o futuro da empresa, Marcelo e Emílio Odebrecht deram trégua em uma briga que persiste desde a prisão do executivo, em junho de 2015. Pai e filho vieram a público para tentar apaziguar os ânimos, após uma série de informações de que o herdeiro – condenado da Lava-Jato – estaria tentando interferir nos rumos da empreiteira. Na nota, os dois reafirmam o objetivo de preservar e fortalecer as empresas do grupo.

Até o fim de abril, o conglomerado terá de concluir as negociações da dívida de 500 milhões de reais, definir o novo presidente do conselho de administração e ainda tentar fechar o acordo de leniência com a Controladoria- Geral da União e a Advocacia Geral da União, que está em fase bem avançada, de acordo com fontes próximas ao assunto.

A importância das decisões neste mês teria motivado a nota conjunta entre Emílio e Marcelo, que não se falam há quase três anos. Nas últimas semanas, uma série de notícias apontava para o descontentamento do herdeiro em relação aos rumos da companhia. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que uma das principais divergências era a indicação de Newton de Souza para a presidência do conselho no lugar de Emílio, que deixa o posto no fim do mês. Souza assumiu a presidência do grupo quando Marcelo foi preso e atualmente é vice-presidente do colegiado.

Proibido de atuar nos negócios da empresa, conforme acordo de delação premiada, Marcelo enviou e-mails para executivos do grupo atacando alguns desafetos. Fontes afirmam que o alvo dos ataques eram Souza e Maurício Ferro, seu cunhado. O ex-presidente da empresa não se conforma dos dois executivos continuarem na empresa enquanto ele cumpre pena sozinho.

Embora ainda não seja oficial, a indicação de Souza para a presidência do conselho é vista como certa entre executivos da empresa – a não ser que Marcelo atrapalhe os planos com seus mais de 400 mil e-mails (o executivo tem analisado todos os e-mails e enviado para a Justiça tudo que considera relevante).

A permanência de Souza faria parte de um período de transição, de um a dois anos, até que um novo nome seja escolhido.

Segundo fontes próximas ao grupo, a iniciativa de ontem além de marcar o início de uma reaproximação entre pai e filho, dá alívio para a empresa tocar as negociações necessárias.

O grupo está em intensas conversas com os bancos para renegociar a dívida da construtora, que vence dia 27 de abril.

Fontes ligadas a uma instituição credora afirmam que as tratativas caminham bem, mas estão atreladas ao cumprimento das mudanças anunciadas pela Odebrecht, como a saída da família do conselho. O Estado de S. Paulo apurou que a construtora tenta capitalização para honrar os títulos.

As negociações ocorrem com base na valorização das ações da Braskem. Como a reestruturação da dívida da Odebrecht Agroindustrial (agora Atvos) teve como garantia as ações da Odebrecht S.A. na petroquímica, o grupo entende que há espaço para um novo empréstimo para honrar os vencimentos de agora. Na tentativa de convencer os bancos, a empresa comemora todos os pequenos avanços, como a conquista da primeira licitação de obra pública desde o início da Lava Jato: a reforma e aumento da capacidade uma térmica de Furnas, no valor de 578,67 milhões de reais.

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https://www.osul.com.br/marcelo-e-emilio-odebrecht-filho-e-pai-dao-uma-tregua-em-sua-briga/ Marcelo e Emílio Odebrecht, filho e pai, dão uma trégua em sua briga 2018-04-08
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