Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2022
Apresentador compara o modelo de relação fã/ídolo antigo ao atual, após as redes sociais
Foto: Reprodução/InstagramMarcos Mion, de 43 anos, começou a carreira artística em 1999 e acompanhou diversos períodos da TV. Crescer e permanecer na frente das câmeras ensinou ao apresentador algumas lições sobre como manter seu sucesso e construir relação com o público.
“Venho de uma época diferente, em que o artista era muito autocentrado, inalcançável. Hebe, por exemplo, parecia que não existia. Gugu se materializa no palco e sumia, ninguém sabia nada dele. Cresci admirando essas pessoas trabalhando e o que o público tinha com elas. Hoje isso não existe mais, é uma horizontalidade de relação. As redes sociais democratizaram muito a relação de fãs e comunicadores”, reflete.
Mion acredita que quanto mais o artista se relacionar com o público, mais chance a carreira tem de ser sólida. O apresentador do Caldeirão também reflete sobre o palco não ser seu permanentemente, o que o faz querer dar o melhor enquanto ocupá-lo.
“Quando o artista se fecha em seu casulo, ele perde. Muita gente ainda pensa, principalmente da minha geração, que é isso que faz a pessoa ser grande, e não é. O que te faz ser grande é a gratidão que você sente pelas pessoas que te colocaram lá e o quanto você divide isso com todo mundo. Esse espaço em que estou hoje, assim como outros comunicadores, não é meu, mas temporariamente meu. O que eu quero fazer enquanto estou nesse espaço? Como eu quero que as pessoas se lembrem de quando eu estava lá? É um pensamento novo, mas quanto mais você divide, mais você ganha. Artista tem que abrir mão desse ego, dessa coisa antiga, e abraçar cada vez mais a humildade e a gratidão”, afirma.