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Brasil Marcos Valério relatou financiamentos para Aécio Neves e desvios nos Correios: operador do mensalão fecha acordo de delação

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Valério escreveu a delação à mão na prisão e teve os anexos posteriormente digitados. (Foto: AE)

Depois de ter sua proposta de delação rejeitada pelo MP-MG (Ministério Público Estadual de Minas Gerais), o operador do mensalão Marcos Valério Fernandes fechou um acordo de colaboração premiada com a PF (Polícia Federal). Por citar políticos com foro privilegiado, o acordo aguarda a homologação do STF (Supremo Tribunal Federal).

O delator relatou bastidores de operação para retirar da CPMI dos Correios, em 2005, documentos sobre a relação do Banco Rural com tucanos em Minas, tema que já é alvo de inquérito no STF, motivado por delação do ex-senador Delcídio Amaral. A operação teria contado com a participação dos então subrelatores da CPMI Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Eduardo Paes (à época no PSDB-RJ). Integrantes do Banco Rural teriam escondido documentos no Uruguai.

Relação com Aécio desde os anos 1990

Em seu acordo, que está sob sigilo, Valério fala também sobre o uso de mecanismos de desvio para PT e PMDB em contratos dos Correios no governo Lula, e de publicidade estatal no governo Aécio Neves em Minas Gerais (2003-2005). Relata também detalhes do que afirma ser o caixa paralelo montado por suas agências de publicidade para operar desvios durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), em contratos do Banco do Brasil, da Fundacentro e da Eletrobras.

Segundo o delator, valores desviados de contrato dos Correios na gestão petista eram acertados com o então ministro de Comunicações Hélio Costa e o diretor comercial da estatal, Carlos Fioravante. Então chefe da Casa Civil, José Dirceu seria beneficiário de uma mesada de 50 mil reais.

No acordo, Valério sustenta que suas agências de publicidade participaram do financiamento ilegal da atividade política de Aécio desde os anos 1990. Afirma que o tucano recebia 2% do faturamento bruto dos contratos do Banco do Brasil no governo FH.

Valério também sustenta que parte dos recursos desviados da campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em 1998 – no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro – abasteceu caixa 2 da campanha de Aécio a deputado federal.

Transferência

O operador cumpria pena de 37 anos de prisão pela ação do mensalão na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), e foi transferido na segunda-feira para a Apac (Associação de Proteção e Assistência a Condenados), em Sete Lagoas (MG), a pedido da PF. A transferência para a unidade era solicitada desde o ano passado por seus advogados, mas não havia vagas.

Outro lado

A assessoria de Aécio informou que o senador “jamais participou de qualquer ato ilícito praticado por Valério” e negou que ele tivesse financiado o tucano por meio das agências. Já o ex-diretor dos Correios, Carlos Fioravanti informou não ter tratado de contratos de marketing. Hélio Costa não foi localizado. Eduardo Paes e Carlos Sampaio negaram ter participado de operação para esconder documentos. Em viagem à Europa, Fernando Henrique não foi localizado para comentar.

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https://www.osul.com.br/marcos-valerio-relatou-financiamentos-para-aecio-neves-e-desvios-nos-correios-operador-do-mensalao-fecha-acordo-de-delacao/ Marcos Valério relatou financiamentos para Aécio Neves e desvios nos Correios: operador do mensalão fecha acordo de delação 2017-07-20
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