Domingo, 28 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Marina Silva criticou a fala de general Mourão, vice de Bolsonaro, sobre as famílias sem pais e avôs

Compartilhe esta notícia:

Marina Silva postou foto com a legenda "Vó e mãe é tudo de bom". (Foto: Reprodução/Twitter)

A candidata da Rede à Presidência da República nas eleições 2018, Marina Silva, rebateu na segunda-feira (17) as declarações do vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, de que famílias sem pais e avôs são “fábricas de desajustados”.

“É uma afronta chamar de desajustados os filhos de 11,6 milhões de mulheres que chefiam lares. Elas enfrentam sozinhas todas as dificuldades para dar um futuro a filhos e netos”, disse a candidata em seu Twitter. “É da valentia dessas mães e avós que nasce o milagre da sobrevivência de milhões de pessoas”, completou.

Mais cedo, o candidato a vice na chapa do PSL relacionou, em um evento promovido pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), aliciamento ao tráfico de drogas em famílias pobres com ausência de pais e avôs.

“A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó, por isso é fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narcoquadrilhas”, afirmou.

No final de semana, a candidata da Rede também disparou contra outra declaração do vice do PSL. Ele havia dito que uma “Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo”. Marina respondeu que, numa democracia, quem faz a carta magna são os eleitos pela sociedade. “Qualquer coisa que não seja pelo voto soberano da sociedade elegendo seus constituintes é querer estabelecer uma Constituinte mediante uma forma de golpe”, completou.

Mudança de tom

Depois de fechar a semana com o Datafolha mostrando seus índices de intenção de voto despencarem, a candidata Marina Silva (Rede) deu declarações de maior impacto no fim de semana e buscou turbinar a campanha em redes sociais.

Na intenção de provar que está viva na disputa, valeu até meme: no domingo (16), seu perfil no Twitter postou uma foto da ex-senadora no balcão de uma padaria apontando para a vitrine. “Esse salgado aí é de quê?”, dizia a mensagem, replicando brincadeira popular nas redes sociais.

A pesquisa de sexta-feira (14) foi o sinal de alerta máximo na equipe até agora, embora em público Marina queira demonstrar animação e apele para a mobilização dos voluntários. Ela marcou 8% no levantamento, metade do que tinha quando sua candidatura foi registrada, em agosto.

No dia seguinte, em Vitória (ES), a presidenciável subiu o tom ao criticar a novela jurídica envolvendo a candidatura do PT. Para ela, a indefinição ao longo dos últimos meses favoreceu Fernando Haddad.

“O candidato do PT foi blindado durante esse tempo todo de explicar por que nos governos Dilma/Temer o Brasil foi perdendo tudo de bom que havia no governo Lula”, disse ela ao jornal A Gazeta.

Ainda à publicação, que afirmou que ela estava afiada na ida ao Estado, Marina falou que Jair Bolsonaro (PSL) é o tipo de candidato que “vai governar para os poderosos, para os ricos” e que se mostra contrário a negros, índios, mulheres e minorias.

A candidata também vem atacando a invasão de hackers na página de Facebook “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”. Ela qualificou a atitude como inaceitável e defendeu investigação, associando o episódio às “mesmas técnicas usadas no exterior para interferir no resultado das eleições”.

A curva descendente nas pesquisas já vinha preocupando aliados da líder da Rede, que não esperavam, no entanto, uma queda tão brusca. Em privado, colaboradores admitem que a situação se complicou bastante nos últimos dias.

Diante da diminuição, a titular da candidatura repisou o discurso de que os levantamentos são um retrato do momento e falou que sua estratégia “é continuar falando a verdade”.

“Ninguém pode fazer discurso de oportunismo em função de querer ganhar voto”, afirmou. Uma das frases mais repetidas no entorno dela é que a atual eleição é a mais incerta da história recente.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A França quer acabar com a venda de carros a gasolina e diesel dentro de pouco mais de 20 anos
Governo admite que custo da energia pode subir com privatização de usinas
https://www.osul.com.br/marina-silva-criticou-a-fala-de-general-mourao-vice-de-bolsonaro-sobre-familias-sem-pais-e-avos/ Marina Silva criticou a fala de general Mourão, vice de Bolsonaro, sobre as famílias sem pais e avôs 2018-09-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar