Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2018
A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou que o programa Renda Jovem – que prevê uma poupança de R$ 3,7 mil para estimular jovens de baixa renda a concluírem o ensino médio – vai alcançar mais de 2 milhões de estudantes, caso ela seja eleita. A presidenciável fez uma caminhada ao lado de apoiadores no calçadão do bairro Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Durante entrevista a jornalistas, Marina deu detalhes sobre o programa para estudantes com idades entre 15 e 19 anos.
“Em uma situação em que a maioria dos nossos jovens estão tendo uma grande evasão escolar, nós temos um plano para diminuir a evasão escolar no ensino médio, que é o Renda Jovem. Uma poupança para jovens de 15 a 19 anos. Vamos alcançar mais de 2 milhões de jovens beneficiários do Bolsa Família”, afirmou a candidata.
Programa terá um custo de cerca de R$ 2 bilhões
De acordo Marina Silva, o programa terá um custo de cerca de R$ 2 bilhões e, para ter direito ao benefício, o estudante deverá ter um bom desempenho escolar. A candidata disse ainda que se eleita fará um programa de formação continuada de professores e também equipará as escolas para melhorar a educação no País.
Delação de Palocci
Marina Silva também comentou a divulgação de parte da delação do ex-ministro petista Antonio Palocci. Em depoimento, o delator afirmou que as campanhas do PT de 2010 e 2014 custaram R$ 1,4 bilhão e que medidas provisórias editadas nos governos petistas envolveram pagamentos de propina.
Para a candidata da Rede, os esquemas “revelados” por Palocci representam um “ultraje à democracia”. “Uma verdadeira sabotagem da democracia brasileira. Não queremos projetos autoritários que ameaçam a democracia pelo lado da violência, nem projetos autoritários que ameaçam a democracia pelo lado da corrupção”, declarou.
Marina Silva criticou a “divisão” no País que, segundo ela, foi causada pelo PT e pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Para Marina, a população brasileira não precisa ficar entre a “cruz da corrupção e do PT” e a “espada da violência do Bolsonaro”.
Empregos
Marina Silva visitou nesta quarta-feira (3) o Saara, tradicional comércio popular de rua no Rio de Janeiro. Durante a agenda de campanha, ela defendeu a criação de empregos no setor de turismo e na construção civil. “Um plano fidedigno tem a ver com recuperar empregos na construção civil, no turismo, na recuperação florestal, na produção de energia. Vamos gerar 2 milhões de empregos com energias renováveis”, disse Marina.
A candidata percorreu lojas, conversou com comerciantes e tirou fotos com eleitores. Ela também propôs plano de carreira com “remuneração adequada”.
“Na parte de educação nós vamos ampliar a 2 milhões de vagas para crianças de zero a 3 anos de idade. E vamos trabalhar para que professores tenham o seu plano de carreira com remuneração adequada, para que a gente possa ter educação de qualidade”, afirmou.