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Brasil “Me senti na obrigação de defender a honra do Supremo”, disse o ministro Ricardo Lewandowski sobre as críticas de advogado em avião

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O ministro Ricardo Lewandowski acionou a Polícia Federal. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que só reagiu ao advogado que criticava o tribunal no avião em que viajariam de São Paulo para Brasília, na terça-feira (04), porque ele ofendeu a Corte. “Eu me senti na obrigação de defender a honra do Supremo”, afirmou o magistrado à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

“O Supremo é uma vergonha, viu?”, disse o advogado, filmando com o celular. Lewandowski chamou a Polícia Federal. “Se fosse ofensa ao meu trabalho, eu poderia até relevar, como já relevei em várias outras ocasiões”, afirmou. “Eu aceito a crítica democrática. É um direito do cidadão. Mas a ofensa às instituições é um perigo para o Estado Democrático de Direito”, disse o magistrado.

O SASP (Sindicato dos Advogados de SP) divulgou uma nota de desagravo ao ministro. “Tal comportamento [do advogado que filmou o magistrado] não reflete a opinião da maior parte da advocacia e dos operadores de direito do país”, diz o texto, condenando a “incitação ao ódio”.

Presidente do STF

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, enviou ofício na noite de quarta-feira à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, pedindo providências sobre “ofensas dirigidas” à Corte por um advogado durante um voo na terça-feira.

Em um voo de São Paulo a Brasília, o advogado Cristiano Caiado de Acioli abordou o ministro do STF Ricardo Lewandowski e disse, enquanto filmava a reação do magistrado: “Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando eu vejo vocês”.

O ministro respondeu a Acioli e pediu ao comissário de bordo que acionasse a Polícia Federal. “Vem cá, você quer ser preso? Chama a Polícia Federal”, disse Lewandowski. “Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então”, retrucou o advogado.

Já em Brasília, ao final da viagem, Acioli foi levado à PF para prestar esclarecimentos. O advogado divulgou o vídeo com o episódio, que circulou nas redes sociais. “Ao tempo em que cumprimento Vossa Excelência, solicito que sejam adotadas as providências cabíveis quanto aos fatos narrados pela Secretaria de Segurança desta Corte e consistentes em ofensas dirigidas ao Supremo Tribunal Federal, ocorridos com o senhor ministro Ricardo Lewandowski, em voo comercial que partiu de São Paulo com destino a Brasília”, escreveu Toffoli nos ofícios.

Acioli disse que considerou a reação de Lewandowski como um abuso de poder e que deve estudar providências contra o ministro. “Sem dúvida nenhuma, ele praticou um abuso de poder. É um absurdo, no Estado democrático de direito, onde a pessoa que tem que proteger nossa Constituição, tem que proteger nossas garantias básicas, fez exatamente o oposto a isso”, disse o advogado.

Acioli é filho da subprocuradora-geral Helenita Caiado de Acioli. Eleitor do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL), ele disse que o episódio não deve ser levado para o lado político.

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