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Brasil A médica que não socorreu um bebê foi denunciada por homicídio

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A médica Haydée Marques da Silva se diz arrependida. (Foto: Reprodução)

O MP (Ministério Público) do Rio denunciou por homicídio doloso, com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de produzir o resultado) a médica Haydée Marques da Silva, de 66 anos, acusada de não socorrer o menino Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e 6 meses, que morreu. Caso a Justiça aceite a denúncia, a clínica geral e anestesista será julgada no Tribunal do Júri. O MP também pediu a suspensão do exercício profissional da médica, com base no Código de Processo Penal.

De acordo com a denúncia, Haydée recusou-se a prestar atendimento a Breno Rodrigues sob a justificativa de que não era pediatra. O paciente apresentava sintomas que indicavam o quadro classificado como “urgência com prioridade”, que demanda atendimento em dez minutos. Breno permaneceu sem o devido atendimento por aproximadamente uma hora e meia, quando a segunda equipe de socorro chegou ao local. Segundo os registros, a causa principal da morte foi “broncoaspiração maciça”, sendo a omissão da médica fator determinante para o resultado.

À polícia, em sua defesa, Haydée sustentou a tese de que, por não ser pediatra, não poderia ter prestado socorro à criança. Ela era investigada por homicídio culposo (quando não há intenção), mas a tipificação do crime foi alterada para dolo eventual. Ela, que é anestesista, chegou a ir até o prédio da família, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, mas foi embora sem subir ao apartamento. O motorista da ambulância e a técnica de enfermagem que acompanhavam a médica no veículo alegaram na delegacia que tentaram convencê-la a fazer o atendimento, mas Haydée se negou.

Depois do depoimento da médica à polícia, a mãe de Breno, o bebê morto, disse que acredita que a Haydée lhe tirou a última chance de salvar o filho.
“Eu acho que ela me tirou a última chance. Eu não tenho como garantir que o meu filho estaria vivo, mas eu tinha uma chance de ir ao hospital. No momento em que ela chegou, às 9h10min da manhã e a hora que meu filho foi a óbito, as 10h26min, em 1h20min eu teria chegado hospital e meu filho teria atendimento. Ele poderia ter vomitado sim, mas aí eu teria outros recursos que hospital me oferecia, que no caso não tinha”, disse Rhuana Lopes Rodrigues.

Omissão de socorro

O laudo técnico do IML (Instituto Médico Legal), finalizado na semana passada, constatou que a médica poderia ter evitado a morte do bebê, e que a demora no atendimento, seja qual for, foi determinante para o óbito de Breno. O documento conclui ainda que, devido ao quadro de saúde da criança (infeccioso – gastroenterite – e taquicardia), a profissional de saúde tinha que ter feito o atendimento em, no máximo, 10 minutos.

Histórico

Haydée possui ainda uma anotação criminal por agredir uma paciente, em 2010. O Conselho Regional de Medicina disse também que a médica já sofreu uma sanção técnica, mas não explicou exatamente qual foi a punição e nem por qual caso. (AG)

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https://www.osul.com.br/medica-que-nao-socorreu-um-bebe-foi-denunciada-por-homicidio/ A médica que não socorreu um bebê foi denunciada por homicídio 2017-07-10
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