Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
A médica paraibana Adriana Melo, responsável por confirmar a associação do vírus Zika à microcefalia no Brasil, defendeu nessa quinta-feira que as autoridades de saúde reforcem a orientação aos infectados pelo vírus para que fiquem em casa. “Muitas pessoas que estão doentes vão trabalhar. Tem que pensar nessa orientação. Em caso de doença, essas pessoas têm que ser estimuladas a ficar em casa. Na Europa, por exemplo, uma pessoa gripada é aconselhada a ficar em casa”, declarou, durante sessão temática no Senado a respeito do mosquito Aedes aegypit.
A especialista defendeu a melhoria da qualidade dos equipamentos de ultrassonografia e a capacitação dos profissionais que fazem o exame, que é um eficiente meio de detectar a microcefalia. “Em caso de dúvida, o diagnóstico é feito pela ultrassonografia durante a gestação. É possível fazer, mas tem que melhorar qualidade dos aparelhos e capacitar o pessoal. São coisas simples e que barateiam muito a assistência aos pacientes.”
Sobre as mães de bebês com microcefalia, Adriana lembrou, na ocasião, que os cuidados que elas precisam ter vão além dos médicos. “Há muitas mães carentes e outras que foram abandonadas pelos maridos. A maioria não tem condições de cuidar de suas crianças”, disse. (Karine Melo/ABr)