Sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2020
Um médico identificado por Flávio Ferreira Nogueira foi preso suspeito de pagar um estudante de medicina para trabalhar no seu lugar em um hospital de Cachoeira de Goiás, no oeste goiano. De acordo com a Polícia Civil, o médico pagava R$ 5 mil para que o aluno de medicina Francisco Souza Oliveira Filho, de 44 anos, que também foi detido, se passasse por ele atendendo pacientes da emergência.
Os dois suspeitos foram presos no final da tarde de sábado (7). A polícia encontrou com o estudante de medicina prontuários, receitas médicas, atestados médicos, entre outros documentos públicos, todos em branco e assinados e carimbados pelo médico para que fossem usados pelo aluno.
O delegado Tiago Junqueira, um dos responsáveis pela investigação, disse que, enquanto o aluno, do 6ª anos de medicina, atendia no hospital municipal da cidade de Cachoeira de Goiás, o médico trabalhava no hospital municipal da cidade de Maiporá, no oeste do estado, no mesmo horário e recebia pelas duas prefeituras um valor total de R$ 15 mil.
“A gente recebeu uma denúncia de que um médico estava contratado e trabalhando em duas cidades diferentes e ao mesmo tempo. Começamos a investigar e descobrimos o falso médico. Inclusive, o médico assinava receitas, prontuários e atestados para que o aluno conseguisse se passar por ele”, disse o delegado.
A investigação apontou que aluno é estudante de medicina de uma faculdade do Paraguai e que estava trabalhando de forma irregular, na emergência do hospital do município de Cachoeira de Goiás há pelo menos dois meses. De acordo com delegado, durante depoimento, os dois confessaram a prática do crime.
Por telefone, a direção da Universidad Central Del Paraguay confirmou que o suspeito é aluno do 6º ano de medicina e que não compactua com tal atitude. O delegado informou que as investigações continuam e que, até este domingo (8), os crimes apurados foram os de falsidade ideológica, estelionato, usurpação de função pública e exercício ilegal da profissão.
Investimento
O grupo de medicina diagnóstica Fleury anunciou a formação de um fundo de 200 milhões de reais em parceria com a rival Sabin para investir em startups de saúde. Em comunicado, o Fleury afirmou que seu conselho de administração aprovou a proposta prevendo que a companhia vai aportar 140 milhões de reais, o equivalente a 70% do fundo, com o restante dos aportes vindo a Sabin.
Os recursos serão empregados em startups de medicina diagnóstica, personalização da medicina e saúde digital, informou o Fleury. Em setembro, a empresa lançou uma plataforma eletrônica de prontuários médicos, cujos dados os próprios pacientes podem compartilhar com médicos e operadoras de planos de saúde.