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Brasil Médicos alertam que ainda não existe “tratamento precoce” contra o coronavírus

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Medicamento não tem eficácia contra a covid-19 comprovada cientificamente. (Foto: EBC)

Mais de 70 médicos de de Minas Gerais assinaram uma nota pública à sociedade, reiterando o alerta de que ainda não há medicamentos com comprovação científica para a prevenção do coronavírus ou o tratamento da Covid. Conforme o grupo, prescrição de itens como ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida, azitromicina, doxiciclina não traz qualquer benefício aos pacientes.

“Toda literatura médica atual demonstra de maneira cabal a ineficácia destas drogas, além dos seus riscos”, diz a mensagem. O texto é assinado por médicos, professores, ex-dirigentes de entidades de classe e sociedades médicas, além de profissionais que atuam na chamada linha-de-frente da pandemia. Eles defendem uma atuação baseada na ciência e criticam o governo federal por preconizar a opção por esses fármacos.

“A aceitação de nossas lideranças do uso de medicamentos que, comprovadamente, não trazem benefícios, nem preventivo e nem curativo, é uma afronta a estes princípios”, salienta o documento. “A postura leva a uma falsa sensação de segurança à população, com o consequente relaxamento nas medidas preventivas.”

Os médicos também chamam a atenção, mais uma vez, para a necessidade de medidas como isolamento social, auxílio à população vulnerável, mais investimentos no Sistema Único de Saúde e produção de vacinas como únicas formas de enfrentar a pandemia.

Anvisa

Na quinta-feira (21), o aplicativo do Ministério da Saúde “TrateCov”, que recomendava o “tratamento precoce” a pacientes que têm sintomas que podem ou não ser da Covid, saiu do ar. As recomendações incluíam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.

A plataforma havia sido lançada, inicialmente, apenas para profissionais de Saúde de Manaus, mas qualquer pessoa podia acessar, preencher o cadastro e obter as receitas. A cidade enfrenta um cenário de caos pela falta de oxigênio para pacientes – e recordes de mortes por covid.

Ao divulgar inicialmente a página, o Ministério da Saúde afirmou que desenvolveu o aplicativo “para auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da covid-19”.

Segundo a nota, “a plataforma traz ao médico cadastrado um ponto a ponto da doença, guiado por rigorosos critérios clínicos, que ajudam a diagnosticar os pacientes com mais rapidez. Depois disso, o TrateCOV sugere algumas opções terapêuticas disponíveis na literatura científica atualizada, sugerindo a prescrição de medicamentos”.

Em nota, entretanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou que o aplicativo “assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional” e “induz à automedicação e à interferência na autonomia dos médicos”.

Além disso, “não preserva adequadamente o sigilo das informações”, “permite seu preenchimento por profissionais não médicos” e “não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos assistentes”.

 

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https://www.osul.com.br/medicos-alertam-que-nao-existe-tratamento-precoce-contra-o-coronavirus/ Médicos alertam que ainda não existe “tratamento precoce” contra o coronavírus 2021-01-22
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