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Brasil Médicos de Cuba e do Brasil têm desempenho similar em prova exigida por Bolsonaro

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Profissionais durante a cerimônia de celebração de 2 anos do Programa Mais Médicos, no governo Dilma, em 2015. (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Alvo de críticas do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), médicos cubanos têm desempenho similar ao de brasileiros graduados fora do País no Revalida, o exame que permite a profissionais formados no exterior atuar no Brasil. Os dados constam de balanço do Inep, instituto responsável pela avaliação, com base na mais recente edição da prova, aplicada em 2016.

Naquele ano, 24,3% dos cubanos foram aprovados no exame. Entre os brasileiros, o índice foi de 28,5%. A média de todas as nacionalidades é de 24,8%. O Revalida é composto de duas etapas: a primeira é uma prova escrita, com questões de múltipla escolha e discursivas, e a segunda, uma prática, com simulações de situações frequentes no SUS (Sistema Único de Saúde).

Em 2016, cerca de 37,8% dos cubanos foram aprovados na primeira etapa. Entre os brasileiros, o índice foi de 37,5%, dentro da média geral.

Já entre os selecionados para a segunda fase, o índice de aprovação dos cubanos foi de 64,4%, pouco abaixo da média geral, que é de 66%. Entre brasileiros formados no exterior que passaram para a segunda etapa, o índice de aprovação foi de 75,9%.

Desde 2011, 459 cubanos foram aprovados no Revalida, de acordo com os dados do Inep. Não há informações sobre quantos desses participantes são integrantes do Mais Médicos.

Na semana passada, o governo de Cuba anunciou o fim da parceria com o Brasil no programa, o que deve levar à saída de 8.332 médicos. A decisão é atribuída a críticas de Bolsonaro à qualidade da formação dos médicos e à intenção manifestada por ele em modificar o acordo com a Opas (Organização Pan-americana de Saúde), responsável por intermediar a vinda dos profissionais cubanos ao Brasil.

Entre as mudanças que o presidente eleito defendeu, estava a exigência de revalidação do diploma – o presidente eleito, porém, não deixou claro se essa exigência de revalidação do diploma valerá apenas aos cubanos ou a todos os médicos formados no exterior, inclusive os brasileiros. Criado em 2013, o Mais Médicos permite que profissionais estrangeiros atuem no Brasil sem ter o diploma revalidado. Neste caso, eles passam a ser considerados “intercambistas”.

Ainda assim, a procura dos cubanos pelo Revalida tem aumentado nos últimos anos. Dados do Inep mostram que, em 2016, 1.456 profissionais do país se inscreveram para participar da avaliação. Em 2011, foram só 14. Já em 2014, após a criação do Mais Médicos, 32 profissionais da ilha buscaram o exame, seguidos de 159 no ano seguinte.

Atualmente, eles são a segunda nacionalidade que mais procura o exame, atrás apenas de brasileiros formados no exterior – que somaram 2.919 participantes em 2016.

Ao mesmo tempo em que o Revalida volta a ter destaque como exigência de Bolsonaro para atuação de médicos estrangeiros, a aplicação de uma nova edição do exame ainda não tem data para ocorrer em 2019. A diretora de avaliação de educação superior do Inep, Mariângela Abrão, disse que definições sobre datas e eventuais mudanças na prova devem ficar a cargo da próxima gestão.

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https://www.osul.com.br/medicos-de-cuba-e-do-brasil-tem-desempenho-similar-em-prova-exigida-por-bolsonaro/ Médicos de Cuba e do Brasil têm desempenho similar em prova exigida por Bolsonaro 2018-11-20
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