Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2015
O anúncio de aumentar impostos, recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e cortar gastos, feito pelo governo federal, foi recebido com apreensão pela Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul). “É um pacote de alto risco, pois onera o setor produtivo em uma situação de crise, ou seja, corremos a séria ameaça de a economia travar”, avaliou o presidente em exercício da entidade, Cláudio Bier.
“Dos 64 bilhões de reais do ajuste pretendido, menos da metade – 40% – recaem sobre cortes do setor público; a maior parte – 60% – significa uma nova carga de custos ao setor privado”, argumentou. O industrial alerta ainda que a retirada de benefícios fiscais para segmentos, como a indústria química e a diminuição do Reintegra para os exportadores, se traduz em aumento de custos. “O governo reeleito já tinha o diagnóstico. Então poderia ter feito cortes e não esperar nove meses da segunda administração consecutiva.”
Em relação à indústria gaúcha, Bier destacou que a situação ficará mais difícil do que o restante do País. “Além do ajuste nacional, existe a tentativa do ajuste estadual com as mesmas características, ou seja, de sobrecarga no setor privado”, explicou.