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Mundo Medidas para evitar atentados modificam o cenário das principais capitais europeias e transformam a rotina da população

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Menina sobe num bloco de concreto colocado no Museu do Louvre para evitar ataques. (Foto: Reprodução)

De acordo com uma reportagem especial de O Globo, a rotina da população nas principais capitais da Europa já não é mais mesma. Transformações da paisagem urbana passaram a fazer parte da rotina diante do crescimento de atentados em grandes cidades com grande volume de habitantes. Pressionadas por ações contra o terrorismo, as autoridades de lugares como Paris (França), Londres (Inglaterra) e Berlim (Alemanha) se deparam com o desafio de garantir a segurança, sem cercear a liberdade de circulação e expressão dos cidadãos. Entenda como tem sido esse processo em cada uma dessas três metrópoles.

A Torre Eiffel, um dos monumentos mais emblemáticos de Paris, em breve será circundada no solo por um muro de vidro à prova de balas, de três metros de altura, como parte dos dispositivos de segurança de prevenção a ataques terroristas. As obras da muralha envidraçada, ao custo de 20 milhões de euros (quase 75 milhões de reais), começarão no próximo dia 5, com conclusão prevista em 13 de julho de 2018, um dia antes da festa nacional da Queda da Bastilha, quando a Torre se inflama em fogos de artifícios. Até lá, a célebre Dama de Ferro, permanecerá cercada de grades e de pórticos de segurança, com cabines de revistas de bolsas e mochilas para os visitantes.

A paisagem da capital francesa mudou desde os atentados de 2015. A segurança nos endereços mais turísticos foi toda repensada. O Museu do Louvre ganhou uma fileira de blocos de concreto em seu entorno para evitar ataques por meio de veículos. A presença de militares armados é constante nos locais potencialmente visados, aeroportos, estações de trem, e em patrulhas pelas ruas.

O francês Riaud Clément disse já ter se habituado à nova realidade: “É verdade que quebra um pouco do charme de Paris, mas sabemos que tem de ser assim agora e nos acostumamos”.

Londres

Num centro de esportes público no Sul de Londres, um alarme toca no meio da tarde, quando o local está lotado de crianças fazendo aula de natação. A reação é rápida: os funcionários retiram todo mundo da piscina, distribuem cobertores de emergência e escoltam os nadadores até uma área bem distante do prédio. Ninguém sabe o que houve, e explicações não são dadas. Talvez fosse apenas uma falha no sistema contra incêndio, talvez um pacote suspeito. Mas as pessoas não questionam as medidas de segurança, muito menos num lugar frequentado por menores de idade. É melhor enfrentar o frio do começo de outono em roupas de banho do que correr qualquer risco. Assim os moradores de Londres vêm tentando manter suas rotinas, divididos entre a aceitação de que a cidade está sob ameaça e a determinação de não viver de forma acuada.

Uma nova realidade imposta pelo terror já mudou a paisagem da capital britânica, alvo de quatro ataques este ano. Barreiras foram instaladas nas principais pontes. O movimento continua intenso na Westminster Bridge, por exemplo, mas hoje a travessia a pé, uma das mais turísticas da cidade, é marcada por pesadas barreiras que separam a multidão dos carros. Em março, um terrorista atropelou pedestres ali, antes de esfaquear um policial na porta do Parlamento. Na London Bridge, também cenário de atentado, o caminho é cortado por blocos de concreto. Ciclistas reclamaram dos congestionamentos, mas a proteção não será retirada. No início do mês, uma parada militar no centro de Londres foi protegida por um novo método: uma rede de espinhos de aço, capaz de parar um veículo de até 17 toneladas. O “tapete” será integrado aos eventos da cidade.

Berlim

“O terrorismo mudou a Europa, que vive em um estado de vigilância, de alerta permanente”, afirma a escritora Anita Kugler, que mora em um prédio antigo em art nouveau, em Charlottenburg-Wilmersdorf, Berlim, perto de onde, em dezembro do ano passado, um terrorista jogou um caminhão contra a multidão, matando 12 pessoas e deixando 50 feridas. O lugar do ataque, a Praça Breitscheid, está ganhando obstáculos de segurança para evitar um atentado semelhante. Em diversos pontos estratégicos foram instaladas câmeras especiais, capazes de registrar imagens a uma distância de até 1 km e de identificação facial. A presença constante de policiais armados nas ruas e lugares públicos também colaborou para mudar a paisagem da capital alemã.

As medidas preveem a instalação de obstáculos de trânsito que vão das barreiras de concreto a objetos classificados como “mobiliário urbano inteligente”: árvores, fontes ou barreiras com a estética de esculturas.

Três meses antes do início da temporada natalina, a cidade já começou as obras de segurança na praça onde houve o atentado. Projetos semelhantes estão sendo planejados ou já foram instalados também em outros pontos de grande aglomeração popular, como no portão de Brandemburgo, onde o revéillon costuma reunir um milhão de pessoas.

Frankfurt, Essen, Colônia, Düsseldorf e muitas outras cidades também investem em medidas antiterror, sobretudo nos obstáculos de concreto, o que fez a demanda pelo produto aumentar.

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