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Música Megadeth com Kiko Loureiro desembarca na semana que vem em Porto Alegre

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Depois da boa passagem pelo Angra, Kiko Loureiro agora faz parte do Megadeth.

O carioca Kiko Loureiro é, desde 2015, um dos guitarristas do Megadeth. Ele divide a função com o líder e vocalista do conjunto, Dave Mustaine. A escolha de um músico brasileiro para o posto deixado por Chris Broderick ouriçou o meio metálico. Afinal, o grupo estadunidense é uma das instituições do thrash metal mundial – sendo, inclusive, um dos Big Four do estilo ao lado de Metallica, Slayer e Anthrax – e um dos grandes nomes do som pesado mainstream. Mas a escolha não foi à toa.

Kiko tem experiência de quase um quarto de século no meio musical, período em que lançou mais de 10 discos com o Angra (pilar do heavy metal melódico nacional), projetou-se em carreira solo com êxito e excursionou mundo afora. É essa experiência empírica de estar em uma banda, de trabalhar e compor em equipe, que ele acredita ter sido crucial no convite para integrar o grupo que nasceu após a dissidência de Mustaine do Metallica. Mais até do que a qualidade técnica de seu trabalho.

É isso que ele revela na entrevista a seguir.  Kiko também discorre sobre sua contribuição para o disco mais recente do quarteto e expectativa de tocar pela primeira vez com o Megadeth para seus conterrâneos, em agosto. A tour nacional passará por Porto Alegre dia 16, no Pepsi on Stage, com abertura dos locais da It’s All Red.

Kiko Loureiro – Realmente, “Dystopia” é uma palavra forte. As letras também, pois é um disco bem politizado. É meio que prevendo algo ruim no futuro, negativo, como será o mundo. A faixa ‘Post American World’ é um exemplo. Eu gostei muito de acompanhar a evolução das letras, da escolha dos títulos – os nomes das músicas foram se transformado. Durante o processo, o conceito do álbum foi ficando mais claro na cabeça da banda, na mente do Mustaine. E foi assim que virou o disco que tá aí. Eu não sei se é utopia fazer parte do Megadeth, mas eu me sinto superbem e feliz de estar me adaptando, por ser uma banda completamente americana (de hsitórias e de conceitos do seu país de origem). E, de repente, estou eu, um brasileiro, no meio dos gringos. Eu fico contente porque sei que eles enxergam muito o valor que eu posso trazer pra banda, e os fãs têm curtido. Então, não tem essa coisa de fronteira, de nacionalidades.

Mas, assim, não sei se chega a ser uma utopia, pois eu acredito que a música brasileira sempre foi bem ativa no mundo inteiro. Os músicos brasileiros são uma referência. Talvez não no rock, nem tanto no metal. Tem o Sepultura, tem o Angra e tal, sempre com uma identidade bem brasileira. Existem vários brasileiros pelo mundo tocando. Tem a história da nossa MPB que se espalhou pelo planeta todo. Então, acho que não é uma utopia, é algo bem natural um músico do Brasil conquistar espaços internacionais. Talvez, no caso do rock ou do metal, ou de você tocar em uma banda bem americana, seja um pouco mais raro.

Acredita que a bagagem profissional (mais de 10 discos com o Angra, além da expressividade como guitarrista) foi decisiva para que fosse escolhido como substituto de Chris Broderick ? Ou o fato de Dave Mustaine ter simpatizado contigo, como ele mesmo afirma em entrevistas, teve tanta relevância quanto tua trajetória?

Kiko Loureiro – Quando eu conheci o Dave foi como pessoa, e não foi só ele quem decidiu. Além disso, o David Ellefson indicou. Agora, de dentro da banda, entendo melhor como funciona tudo. Por exemplo: o manager pede opinião pra pessoas em quem ele confia pra indicar e ele dar uma olhada e tal. Então, acho que meu nome apareceu numa lista de guitarristas, o Mustaine foi olhando e chegou a conclusão de que eu seria o cara indicado. Mas, antes, eu passei um dia com ele, trocando ideia, conversando sobre família, vida e várias outras coisas. Nem cheguei a tocar com ele, na realidade, num primeiro momento.

Acho que não foi muito essa questão da bagagem profissional. Claro que, provavelmente, quando eu conversei com ele ao longo do dia, o cara já sabia – eu já tinha feito uma foto com ele no Japão, em 2008, se não me engano, quando a gente saiu na capa de uma revista – que eu tinha uma banda que era conhecida e respeitada em solo nipônico, que tinha uma história na América Latina. Só que isso devia ser algo vago pra ele e para o Ellefson, que estão com a carreira mais ligada ao mercado norte-americano, que é muito forte. Por isso, acaba tendo esse olhar mais de o que está rolando nos EUA do que fora. E, quando não é lá, é mirando para a Europa, onde tem muitos nomes fortes do rock e metal. Então, ele não tinha esse conhecimento da minha trajetória profissional. Agora, há um ano e pouco no Megadeth, com certeza, eles percebem o que eu trago da experiência com o Angra, que isso é muito positivo. Acredito que essa questão, de como a gente fazia as coisas com o Angra e de como eu posso trazer tal experiência pra dentro do Megadeth, seja meu maior diferencial. Mais do que a qualidade do que eu toco.

Kiko Loureiro – Vai ser emocionante tocar no Brasil com o Megadeth. Vamos ver como vai ser a experiência. Mas, certamente será muito legal de estar com o público brasileiro, mais do que com amigos do meio musical. Tenho certeza que tem muito fã do Angra que me acompanha e é admirador do Megadeth também. É uma expectativa bem forte, estou bem ansioso pra esses shows do Brasil.

(Homero Pivotto Jr. – Abstratti Produtora)

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