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Por Redação O Sul | 9 de março de 2017
Contrariando estimativas internacionais e dados do IBGE, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a desigualdade histórica entre homens e mulheres no mercado de trabalho vai acabar no Brasil no prazo de 20 anos.
De acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial publicado em novembro, porém, a igualdade salarial entre os gêneros no mundo será alcançada apenas em 2186 – daqui 169 anos.
No ranking elaborado pela instituição, o Brasil figura na 79ª posição de uma lista de 144 países. O suposto alcance dessa igualdade no mercado de trabalho é uma das justificativas do governo para igualar a idade mínima de aposentadoria de homens e mulheres, proposta na reforma da Previdência que tramita no Congresso.
Hoje, mulheres podem se aposentar cinco anos mais cedo do que os homens tanto no caso da aposentadoria por idade quanto no da por tempo de contribuição.
Segundo Meirelles, a diferença salarial entre homens e mulheres jovens (de até 25 anos de idade) é praticamente inexistente. Segundo cálculos do governo, nessa faixa etária elas recebem o equivalente a 99% do que é pago aos homens, em média.
“As mulheres mais jovens já estão com remuneração igual à dos homens. A tendência obviamente é que em 20 anos isso estará igualado [nas faixas etárias mais velhas]. Então nós teremos um mercado de trabalho igualitário”, afirmou o ministro.
Estudos mostram, contudo, que a desigualdade salarial entre os gêneros cresce à medida que os profissionais avançam na carreira, uma vez que os homens tendem a ser mais promovidos e receber mais aumentos do que as mulheres. (Folhapress)