Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2015
Sabe aquela dor de cabeça forte e frequente? Apesar de muitas pessoas tomarem, equivocadamente, analgésicos por conta própria para aliviar o incômodo, a enxaqueca é uma doença neurológica crônica e afeta cerca de 15% dos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Ela também pode comprometer a atenção e a memória auditiva das pessoas. “Sempre tive muita dor de cabeça e percebi que isso afetava diretamente meu rendimento durante as aulas. Tinha dificuldade de gravar principalmente o que o professor falava”, conta a economista Antônia Fonseca, 25 anos.
A reclamação de Antônia não é incomum. Uma pesquisa brasileira aponta que quem sofre de enxaqueca pode ter dificuldade em prestar atenção a falas ou explicações. Mais de 80% dos pacientes analisados, fora do período de crise, apresentaram deficiência em memorizar e interpretar informações ouvidas por meio de um fone.
Os participantes tinham entre 18 e 41 anos e sintomas fracos, moderados, fortes ou mesmo nenhum indício da doença. “O que me surpreendeu foi que os pacientes não tinham problemas auditivos. Simplesmente tinham dificuldade para memorizar”, explica a fonoaudióloga e autora da pesquisa, Larissa Mendonça.
Crianças também são atingidas.
De acordo com Thais Rodrigues Villa, neurologista e orientadora do estudo, a doença acomete até crianças. Cerca de 2% dos pequenos também sofrem com as consequências da enxaqueca. Além da forte dor de cabeça, alguns sintomas são sensibilidade a barulhos e luzes.
O tratamento preventivo dura, no mínimo, um ano e é feito de modo individualizado, conforme a frequência e os sintomas apresentados. (AG)