Por Redação O Sul | 10 de junho de 2016
A descoberta de um caixão com o corpo de uma menina em perfeito estado debaixo de uma casa chocou moradores de San Francisco (EUA).
Mas a surpresa maior envolve o mistério em torno do corpo: até agora, só se sabe que a criança tinha 3 anos quando morreu e que foi enterrada cercada de cuidados especiais no final do século 19. Através da superfície de vidro do caixão, era possível observar seu interior: uma menina loira com um vestido branco feito à mão e decorado com delicados laços.
Seu cabelo era adornado com uma rosa e folhas de eucaliptos nas laterais. Também exalava forte cheiro de lavanda. Os indícios comprovam que ela parece ter sido enterrada com grande esmero e amor. Sem saber o que fazer, os operários chamaram a proprietária da casa, Ericka Karner, que estava fora da Califórnia com o marido e os filhos.
“Em primeiro lugar, fiquei chocada, obviamente, ao saber que havia um caixão de uma menina debaixo da casa”, disse Ericka. “Mas, passado o susto, não fiquei muito surpresa, porque conhecia a história da região.” Quando Ericka decidiu procurar as autoridades para saber o que poderia ser feito, veio a segunda surpresa. Ela foi informada de que o corpo era de sua responsabilidade, já que foi encontrado em sua propriedade.
“Como o problema é meu se eles mudaram o cemitério de lugar e esqueceram um corpo? A responsabilidade é deles”, ressaltou.
Ela pediu ajuda a Elissa Davey, fundadora da ONG Garden of Innocence (Jardim de Inocência), responsável por enterrar crianças não identificadas ou abandonadas. “Fizemos todo o possível para dar a ela um enterro respeitoso. Ela foi tratada da mesma forma que tratamos as crianças que enterramos”, explica Elissa.
Mais de 100 pessoas participaram de uma cerimônia fúnebre para dar adeus à menina pela segunda vez, que foi batizada de Miranda Eve. Na lápide, foi gravada a seguinte frase: “Se não houve luto, ninguém se lembrará”.
