Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2016
Um menino de 13 anos emocionou os internautas com uma história heroica que teve, até agora, um final feliz. Ahmed foi resgatado dentro de um bote no Mediterrâneo com outra centena de migrantes. Partira do Egito sozinho e chegou à Itália com um único objetivo: salvar seu irmão menor, Farid, 7, que sofre de uma doença no sangue.
Ao desembarcar na ilha italiana de Lampedusa trazia nas mãos um papel dentro de um saco plástico: era o certificado de saúde do irmão atestando seu caso de trombocitopenia, ou plaquetopenia (redução das plaquetas no sangue). A família confiou a Ahmed todas as economias que tinha, trabalhando no plantio de tâmaras, e um tio ajudou a pagar os atravessadores, negociando seu único terreno. O menino partiu do vilarejo de Rashid Kafr El Sheikh, no Egito, escondido em um caminhão que transportava animais.
“Foram dez dias no mar, porque o trajeto partindo do Egito é mais longo do que da Líbia”, disse Ahmed Mahmoud, funcionário da OIM (Organização Internacional para a Migração) em Lampedusa. Mahmoud, também egípcio, foi justamente quem primeiro ouviu a história do menino.
A história de superação de Ahmed virou destaque no jornal Corriere della Sera, um dos maiores da Itália, e rapidamente se tornou viral. O premiê italiano, Matteo Renzi, também leu a história e colocou o sistema de saúde de prontidão, lançando um “apelo à acolhida e cura”. Um hospital da região de Florença respondeu oferecendo tratamento para Farid e apoio para a família.